‘Fim do Pedacinho’ do Nubank (NUBR33): Entenda descontinuidade dos BDRs no Brasil

O Nubank (NUBR33) reafirmou, novamente, a sua intenção de descontinuar o seu programa de BDRs no Brasil.

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Em meados de setembro do ano passado, o programa de BDRs do Nubank já havia sofrido uma mudança após a companhia alterar o tipo dos ativos e reduzir as exigências de divulgação de documentos e outras regras de governança e transparência.

Segundo a fintech, essa mudança “não traz qualquer prejuízo aos atuais e futuros detentores de BDRs da companhia, incluindo os participantes do Programa de Clientes NuSócios, e ao mesmo tempo, possibilitará à companhia aprofundar na otimização de processos e custos, e continuará a oferecer aos investidores brasileiros uma forma direta e simplificada de se expor aos valores mobiliários de emissão da companhia”.

Assim que a companhia apresentar o novo plano de BDRs para a B3, o Bradesco – o banco responsável – deve solicitar o registro do programa de BDRs Nível I.

Com isso, os atuais detentores de BDRs do Nubank poderão escolher entre receber ações do Nubank negociadas diretamente na NYSE – o que exige uma conta em corretora estrangeira – ou receber um novo BDR, de Nível I, na proporção de um para um.

Além disso, há a opção de cash-out, de venda dos BDRs do Nubank e recebimento do dinheiro.

Caso não seja feita qualquer manifestação durante o período de definição – ainda a ser divulgada- será realizada a venda na NYSE da totalidade das ações que servem de lastro de seus BDRs Nível III, sendo que os antigos detentores receberão o valor equivalente ao preço médio por ação praticado na venda das ações, deduzidos todos os tributos eventualmente devidos.

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Entenda fechamento do capital do Nubank no Brasil

Ainda no ano passado o Nubank anunciou pela primeira vez a sua intenção de fechar o capital no Brasil.

“A proposta para a Descontinuidade do Programa de BDRs Nível III tem como objetivo maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição”, explicou o Nubank em Fato Relevante ao mercado.

“A empresa continua listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), garantindo acesso ao maior mercado de capitais do mundo e cumprindo a supervisão regulatória da SEC (Securities and Exchange Commission), que estabelece os mais altos padrões globais. Paralelamente, o Nubank solicitará o cancelamento de seu registro de emissor estrangeiro no Brasil junto à CVM”, diz a fintech.

Isso significa que, na prática, a fintech deixa de ser companhia aberta no Brasil — mantendo esse status somente nos EUA.

“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis. Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, à época.

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Eduardo Vargas

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