Após as ações do Nubank (NUBR33) baterem uma queda acumulada de 63,46% na Bolsa de Nova York desde o IPO em dezembro, o fundador do roxinho, David Vélez, afirmou que a tese da companhia não mudou desde a fundação da fintech.
No Fórum Econômico Mundial, em Davos, o fundador resumiu ao explicar sobre a queda das ações: “Daqui a cinco anos, a gente se fala”. Vélez ressalta que a estratégia do banco digital é de longo prazo.
Nas palavras do empresário, só na América Latina existem aproximadamente 240 milhões de pessoas fora do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, o mercado bancário da região é de US$ 1 trilhão.
“O modelo de um banco digital é muito mais rentável do que o de um banco tradicional, que não tem agências”, disse Vélez, apontando também que o US$ 1 trilhão vai aumentar exponencialmente. Porém, é preciso tempo. “O jeito de entender a gente é o longo prazo. Continuamos focados na construção dessa estratégia.”
O ambiente macroeconômico atual tem punido fintechs e empresas do setor de tecnologia em geral, mas o Nubank tem tido bons resultados, lembrou Vélez.
O roxinho vem crescendo e já chegou a 60 milhões de clientes. Mas, na perspectiva geral do setor bancário da América Latina, é um número pequeno. “Falta crescer ainda com essa base”, disse. No momento, o banco continua focando nas operações do Brasil, Colômbia e México. “Estamos muito à frente no digital. Essa tese não muda”, afirmou Vélez.
Nubank (NUBR33) cai 11,2% e renova mínima histórica; roxinho vale menos que o BTG (BPAC11)
Em mais um dia de forte queda nas bolsas de Nova York, a ação do Nubank (NUBR33) perdeu 11,20%, para US$ 3,33, e renovou mínima histórica na última terça-feira (24). Nesta quinta cai 0,41%, para US$ 3,57.
Com as quedas acumuladas, o Nubank, que já tinha sido considerado o banco mais valioso da América Latina, possui atualmente uma capitalização de mercado de US$ 17,3 bilhões, cerca de R$ 83,4 bilhões na cotação cambial do dia.
Isso significa que caiu diversas posições na lista dos bancos com os maiores valores de mercado, para o sexto lugar, atrás de:
- Itaú (ITUB4): R$ 233,3 bilhões
- Bradesco (BBDC3, BBDC4): R$ 194,2 bilhões
- Santander (SANB11): R$ 126,9 bilhões
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 110,0 bilhões; e
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 99,3 bilhões.
O Nubank continua numa posição mais alta que o Banco Inter (BIDI11), que atualmente vale R$ 12,7 bilhões e costuma é apontado por analistas como seu principal par, por ter um perfil mais parecido.
Cotação
O BDR do Nubank sobe 0,70%, a R$ 2,87 nesta quinta-feira (26). No ano, acumula queda de 67,63%.