Em novo parecer sobre o Nubank (NUBR33), analistas do BTG Pactual destacaram que investidores locais estão “começando a se apaixonar” pela tese da fintech.
Apesar disso, a casa ainda mantém cautela com as ações do Nubank. O preço-alvo é de US$ 5 e a recomendação é neutra, considerando a cotação de cerca de US$ 4,80 atualmente.
Segundo os especialistas, o fato de o lucro do Nubank ter impressionado no último trimestre foi um dos principais motivos para que investidores locais passassem a gostar da companhia e acreditar na tese de longo prazo.
“O Nubank foi uma das companhias mais requisitadas para fazer presença na CEO Conference”, observam os analistas da casa sobre o aumento de atratividade da companhia.
“Como já mencionamos em ocasiões anteriores, os executivos mantêm a crença de que eficiência nos custos é o nome do jogo. Assim, a vantagem competitiva do Nubank deverão ser seus custos estruturalmente mais baixos”, seguem.
A expectativa, assim, é de que o Retorno sobre Patrimônio (ROE, na sigla em inglês) seja ainda mais alto no longo prazo.
Esse indicador em específico foi um dos pontos mais ressaltados por especialistas após a divulgação do resultado do banco digital.
O ROE da operação brasileira foi de 40%, no quesito ajustado e anualizado. No trimestre anterior, esse número era de 20%, ante 2% há um ano antes.
Especialistas viram ‘números foram do comum’ no Nubank
Em uma análise mais otimista sobre os papéis do Nubank, o Goldman Sachs mira um preço alvo quase 100% maior do que o BTG, de US$ 9.
“Achamos que o banco mostrou claramente que é capaz de administrar forte crescimento enquanto navega por um ciclo de crédito desafiador e por que está em posição para oferecer lucratividade de longo prazo acima de seus pares existentes”, apontam os especialista da casa sobre o banco.
“A administração destacou que entregou um ROE anualizado de 40% no Brasil e lucro de US$ 158 milhões, o que consideramos uma boa prova de sua perspectiva de longo prazo. Foi observado que a longo prazo o banco espera continuar crescendo e ganhando eficiência, levando a níveis de ROE muito mais elevados em comparação com os bancos incumbentes, dado suas significativas vantagens de custo”, completam.
Contudo, conforme reportado pelo Suno Notícias, uma parte dos especialistas de mercado ainda mantém uma tese semelhante à do BTG, mantendo recomendações neutras apesar do lucro surpreendente.
Como exemplo, o Bank of America segue cauteloso e destacando a alta de 23% nas ações do Nubank, citando uma alta de 23% no acumulado deste ano ante um Ibovespa que ‘andou de lado’.