Os analistas do BTG Pactual (BPAC11) estimam que o Nubank (NUBR33) deve acumular, com seu próximo resultado referente ao quarto trimestre de 2022, um prejuízo de US$ 26 milhões no acumulado do ano anterior.
Para este ano, a projeção da casa é de que o prejuízo do Nubank seja revertido para lucro de US$ 305 milhões.
Apesar disso, a recomendação da casa para os papéis é neutra, com preço-alvo de US$ 4,50, ao passo que as ações do Nubank são negociadas a cerca de US$ 3,70.
“Em tese, o Nubank poderia sentir-se mais confiante em aumentar suas emissões de crédito na medida em que os fundamentos melhoram. Mas em um cenário macroeconômico mais difícil e o fato de o banco reconhecer que o crédito para pessoas é um produto mais volátil e com histórico mais curto significa que a aceleração principal é improvável”, diz a casa.
Os especialistas destacam que apesar de o banco ter uma base de clientes grande, ele continua aumentando-a, ampliando a criação de cerca de 5 milhões vista no balanço do terceiro trimestre deste ano.
“A tese do banco sobre produtos de crédito segue a mesma dos demais trimestres, especialmente para os cartões de crédito, segmento em que devem continuar ganhando participação e penetrar ainda mais sua base de clientes, apesar de uma forte retração do mercado”, destacam.
“Taxas de juros médias em empréstimos pessoais continuam a ser ajustados. Estão aumentando os limites dos bons pagadores e continuam expandindo o produto de cartão de crédito, principalmente no México. O Nubank também parece bem financiado, com uma boa relação entre empréstimos e depósitos”, completam.
Desempenho das ações do Nubank
As ações do Nubank listadas na Bolsa de Nova York (NYSE) acumulam uma alta de 6,3% no acumulado dos 20 primeiros dias de 2023. Em uma janela de 12 meses, contudo, os papéis caem quase 53%.
Os BDRs, que acompanham a oscilação dos papéis em Wall Street somadas ao carrego do dólar, caem 4,4% em 2023. Em 12 meses, os BDRs do Nubank caem 55%.