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Nubank (NUBR33): analistas apontam ‘dura verdade’ sobre números e consideram ações ‘caras’

IPO do Nubank na Bolsa de Valores Brasileira - Foto: Divulgação B3/Nubank

Fundadores do Nubank: Edward Wible, David Vélez e Cristina Junqueira.

Em nova análise sobre as ações do Nubank (NUBR33), os especialistas do Santander reiteraram sua tese sobre os números referentes ao retorno da companhia divulgados oficialmente.

Além disso, os analistas apontam que o Nubank apresentou um modelo disruptivo no mercado, é um forte competidor e “um modelo a ser seguido”, mas os números atuais são de uma ação ‘cara’.

Isso porque o valuation atual não é atrativo, segundo o Santander, considerando a cotação das ações do Nubank em US$ 4,86 na NYSE. O preço-alvo da casa é de US$ 3 para os papéis.

O que balizou o novo parecer do Santander foi o fato de que no seu último resultado o Nubank apresentou um Retorno sobre Patrimônio (Return on Equity, ou ROE) de 40%, o que chamou atenção do mercado.

Ainda assim, a tese da casa é de que esse indicador não necessariamente reflete um cenário positivo para as ações da companhia.

A discordância foi tanta que o título do novo parecer foi “A dura verdade sobre o ROE de 40%”.

“Quando o Nubank divulgou seus resultados do 4T22, o destaque estava em seu ROE ajustado da operação de 40% (ou 35% usando o lucro líquido reportado). Desde então, vários investidores discutindo nosso ponto de vista diferente sobre a empresa”, disseram os especialistas do Santander.

“Decidimos escrever este relatório e refazer a análise usando nossas premissas dos resultados do 4T22 para estimar qual seria o valor ajustado do ROE do Nubank no 4T22. Pelos nossos cálculos, seria 5% (de 9%) no nível da holding e 11% (de 40%) para a subsidiária brasileira”, seguem.

Os analistas chamam atenção para os pontos positivos e negativos desse aspecto. No lado positivo, destacam a otimização de custos.

“Durante o 4T22, o Nubank introduziu as ‘caixinhas’, um iniciativa para reduzir as despesas financeiras globais da empresa. Os resultados tangíveis já eram visíveis no 4T22, e acreditamos que há espaço suficiente para que mais otimizações aconteçam nos próximos trimestre, pois ainda não vimos o efeito em um trimestre inteiro”, diz a casa.

Já no lado das desvantagens, os especialistas apontam:

Sobre o terceiro ponto, dos investimentos no Brasil, os analistas afirmam: “Achamos que o patrimônio alocado atualmente no Brasil é muito baixo, sendo menos de um terço do total do patrimônio total da holding, embora sua operação brasileira represente mais de 90% do total da receita gerada pela empresa”.

Resultados ‘exagerados’ do Nubank no Brasil e risco de teto de juros para o cartão rotativo

Em complemento aos pontos levantados, os especialistas ‘aproveitaram para levantar duas questões’ sobre a companhia.

A primeira é sobre como a alocação de despesas entre as subsidiárias da holding pode ‘exagerar’ os resultados operacionais do Brasil.

A segunda indica como o teto da taxa de juros para o cartão de crédito rotativo pode afetar a companhia, dado que esse tema tem ocupado as manchetes. Segundo os cálculos da casa, se o teto for firmado em 8%, isso poderá e pode afetar a receita do Nubank em 17%.

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