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Nubank (NUBR33): o que esperar do resultado do 2T22? BTG responde

Nubank:Foto: Divulgação

Nubank. Foto: Divulgação

O BTG Pactual publicou hoje relatório com uma projeção sobre o resultado do Nubank (NUBR33) no segundo trimestre de 2022 (2T22). O balanço será divulgado em 15 de agosto. Os analistas veem o banco digital com urgência em obter lucro, com corte de custos, de financiamentos e de ajuste em suas taxas. A previsão é de redução de perdas em relação ao 1T22, margens pressionadas e freio no crescimento das linhas de crédito.

O banco de investimentos manteve a recomendação “neutra” para as ações do Nubank listadas no mercado acionário americano. Embora diga que seja “fã da história do banco”, o BTG considera que o preço se mantenha volátil e pressionado até o fim de 2022, devido à valorização ainda exigente das ações do roxinho e a piora do cenário macro.

Para os resultados do segundo trimestre do ano, o BTG espera pressão sobre a margem bruta do Nubank, originada por provisões e juros mais altos. Assim, para o 2T22, projetou a margem bruta em torno de 31%, ante 33% no 1T21, e uma perda líquida de US$ 32,5 milhões, contra US$ 45,1 milhões no 1T21.

O BTG Pactual também projetou que o crescimento de linhas de crédito, principalmente pessoais, deve desacelerar, em decorrência do aumento de taxas e ajuste de limites de créditos. As taxas aumentaram cerca de 4%, para 5.5% p.m (por mês) no segundo trimestre.

Mas, pondera o BTG, o Nubank possui apenas 3 anos de experiência no segmento de linhas de crédito, o que explica essa abordagem mais cautelosa.

Crescimento do portfólio

Em contrapartida, o BTG afirma que o Nubank deve continuar ganhando market share (fatia de mercado) em crédito ao consumidor.

Na linha de cartões de crédito, o roxinho deve manter o crescimento do portfólio, impulsionado por novas funcionalidades de pagamentos e abertura da sua filial no México, região em que deve ganhar participação nas adições líquidas, na avaliação do BTG.

Pelo mesmo raciocínio, o BTG assinalou que novos produtos de financiamento ao consumidor de cartão de crédito no Brasil estão ganhando força, o que deve aumentar a participação de ativos que rendem juros para mais perto da média de mercado.

Esses pontos decorrentes da expansão em novas geografias, aliados à redefinição de preços da carteira de crédito, devem contribuir para o crescimento da receita média mensal por cliente ativo (na sigla em inglês ARPAC), a partir do segundo trimestre.

Nubank: Resultados do 1T22

No primeiro trimestre do ano, o banco reduziu o prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões no 1T22, que representou uma queda de 9%, ante os US$ 49,4 milhões no 1T21.

Segundo o banco digital, o resultado foi consequência do menor aumento das despesas comparado ao crescimento da receita. No mesmo período, o Nubank reportou receita líquida de US$ 877,2 milhões, alta de 226% na comparação anual e sua carteira de crédito totalizou US$ 3,1 bilhões, aumento de 343% em 12 meses, impulsionado pela alta dos empréstimos pessoais, que cresceram 400%.

Cotações da fintech nesta quarta (20)

As ações do Nubank na Nasdaq fecharam em forte alta hoje: dispararam 13,51%, cotadas a US$ 4, em um dia de alta na bolsa de Nova York, puxada justamente por papéis de empresas de tecnologia. O BDR também deu um salto nesta quarta na B3, com variação de +14,52%, para R$ 4,18. Em julho as ações da fintech brasileira avançam 28,22% – mas, no ano, as perdas acumuladas batem 52,58%.

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