Nubank (ROXO34) investe em pesquisa de universidades federais
O Nubank (ROXO34) está balizando um projeto para fomentar pesquisas em tecnologia do setor financeiro nas universidades federais de Campina Grande (UFCG) e da Bahia (UFBA e IFBA). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27).
O Nubank, contudo, não divulgou a cifra que será repassada às instituições públicas para financiar pesquisas no âmbito da iniciativa – chamada de NuFuturo pela companhia.
O investimento já serviu para construção de espaços físicos com recursos tecnológicos que possibilitam desenvolvimento de pesquisas na área de engenharia de software, administração e computação.
Segundo a empresa, a ideia é que o programa funcione como uma plataforma de treinamento de 18 meses, tendo suporte dos times de finanças e de engenharia do banco digital.
Além disso, a expectativa é de que o investimento nas universidade dê frutos para o mercado e a sociedade de um modo geral, e não somente para o Nubank.
Atualmente a ação tem quatro projetos em fase de desenvolvimento.
A capacitação profissional também deve vir junto com elaboração de novas soluções voltadas para o setor financeiro, visando ‘simplificar a vida financeira do brasileiro’.
A empresa afirmou que escolheu justamente essas instituições para ‘quebrar’ a concentração de investimento no Sul e Sudeste, para onde vão maiores repasses de cifras e universidades com grande visibilidade.
Nubank ‘ganha tração’ com milhões para investir na Colômbia e mira IA no curto prazo
Em novo parecer sobre as ações do Nubank (ROXO34), analistas do BTG Pactual reiteraram sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de US$ 8.
O relatório enviado a clientes foi motivado por dois fatores: a recente entrevista do CEO do Nubank, David Vélez concedida ao podcast 20VC, e o anúncio da companhia de uma captação de milhões de dólares para expandir sua operação na Colômbia.
Segundo a casa, o empréstimo com o IFC, que foi aumentado de US$ 150 milhões para US$ 265 milhões, ‘reafirma a confiança do IFC e dos mercados financeiros no crescimento do Nubank e do seu potencial na Colômbia’.
“O financiamento adicional, proveniente de várias grandes instituições, impulsionará o Nubank operações crescentes e expandir significativamente o acesso aos seus serviços financeiros no país. De acordo com o comunicado de imprensa, os US$ 115 milhões adicionais não só ultrapassaram todos expectativas devido à magnitude do desembolso, mas também representaram um operação sem precedentes”, diz o BTG.
No caso da entrevista do CEO do roxinho, o BTG destacou que o executivo declarou que 1 em cada 2 pessoas no Brasil tem conta no Nubank e disse que o cartão de crédito do Nubank no México tem o maior NPS de qualquer produto de consumo no mundo.
“Ele também compartilhou o que acredita serem os principais motivos pelos quais o Nubank cresceu tão rápido e as maiores oportunidades não óbvias que o Nubank ‘surfou’ 10x aqui”, disse Vélez.
O executivo ainda disse que ser banco exige muita “profundidade”.
“Ele prefere ser muito relevante/profundo em alguns países em vez de ser ‘superficial’ em dezenas. Nesse sentido, a América Latina oferece um mundo de oportunidades: 3º maior PIB do mundo e 650 milhões de pessoas”, destacam os especialistas do BTG.
“Os problemas na América Latina são muito diferentes e mais diversos do que aqueles que as empresas do Vale do Silício enfrentaram nos países desenvolvidos. Por exemplo, muitas pessoas na América Latina não têm acesso à educação, serviços financeiros ou cuidados de saúde”, seguem.
Os analistas ainda ressaltaram que o banco investe em inteligência artificial e espera atender integralmente clientes de alta renda digitalmente.
As projeções do Nubank são de que isso ocorra “talvez não em 2 anos, mas definitivamente dentro de 5 a 10 anos”. Vélez enfatizou que a IA será o banco ou banqueiro no bolso de todos.