Levantamento exclusivo realizado pela Easynvest by Nubank aponta que o número de investidores entre 18 a 24 anos subiu cerca de 48% no último ano.
Com o distanciamento social da pandemia, jovens dessa faixa etária passaram consumir conteúdos online sobre educação financeira. Muitos deles acabaram buscando novos investimentos.
Essa procura fez elevar o número de jovens investidores. Eles já representam cerca de 12% do total, segundo o levantamento.
Opções de investimento: 28% preferem ações
“É um dado extremamente positivo para a educação financeira no Brasil, que mostra que os jovens estão ligados na importância do saber lidar com o dinheiro. Investimento e a cultura de poupar são hábitos, é o mesmo que ir para academia ou acordar cedo para ir à aula. Quanto antes você começar, melhor”, disse Fábio Macedo, diretor comercial da Easynvest by Nubank.
Entre as opções de investimento, os jovens de 18 a 24 anos preferem alocar seus recursos em ações (28% do total), CDBs (18%), e Fundos Imobiliários (9%). Além disso, investidores jovens que estão no Tesouro Direto passaram de 5,9% para 12,9%.
Desde 2019, quando o número de pessoas físicas na renda variável atingiu a marca de 1 milhão, a B3 (B3SA3) informa que tem acompanhado mais de perto o comportamento desses investidores.
Levantamento divulgado nesta quarta (11) pela bolsa brasileira mostra crescimento de mais de 43% no número de investidores no primeiro semestre de 2021, ante o mesmo período de 2020, fechando o mês de junho com 3,8 milhões de contas.
Easynvest by Nubank: jovens preferem ativos mais voláteis
Segundo a análise realizada pela B3, com a chegada dos novos investidores pessoas físicas, no último semestre, o valor em custódia investido em renda variável alcançou R$ 545 bilhões, cifra 55% superior à registrada no mesmo período de 2020. Já o volume de negócios diários em renda variável subiu 26% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 14 bilhões.
“As pessoas estão investindo com valores menores, observamos, por exemplo, que o primeiro investimento mediano mensal encolheu para R$ 352, ante R$ 985 em 2020”, explica Felipe Paiva, diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3.
De acordo com o executivo, os dados também confirmam a chegada de investidores mais jovens e de fora do eixo Rio-São Paulo. “Pessoas cada vez mais jovens e de outras regiões do país vêm percebendo as oportunidades de investir na bolsa e se dando conta de que podem começar com valores que cabem no bolso. Com mais opções de diversificação na carteira é possível se planejar para atravessar as oscilações do mercado rumo a novas fontes de rendimento”, explica Paiva
“Com mais disposição para buscar resultados de longo prazo, os jovens podem optar por investir em ativos mais voláteis, como as ações. Assim, o conhecimento agregado ao fator tempo pode trazer resultados muito positivos à construção do patrimônio”, afirmou Macedo, do Easynvest by Nubank.
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