Nubank compra fintech Olivia, assistente virtual de compras, diz jornal
O Nubank comprou a assistente virtual de compras Olivia, fintech criada por brasileiros no Vale do Silício, segundo o Pipeline. Em busca de fortalecer a prateleira de serviços antes da abertura de capital, o banco digital agora intensifica sua atenção ao open banking.
A Olivia faz uso de inteligência artificial para contribuir com consumidores no processo de decisão de consumo. A adquirida pelo Nubank estima que ajudou os brasileiros a economizarem R$ 13 milhões no ano passado.
A operação da startup faz a análise de débitos e créditos a partir da vinculação às contas bancárias do cliente. Ela já está integrada aos maiores bancos digitais, como o próprio Nubank, XP e Íon — do Itaú. A plataforma quer surfar a chegada do open banking no Brasil e chegar a 1 milhão de usuários neste ano.
Criada na Califórnia, Cristiano Oliveira e Lucas Moraes (da família responsável pelo grupo Votorantim) colocaram a startup no mercado há cinco anos nos Estados Unidos e chegou ao Brasil somente em 2020.
De acordo com as informações do Pipeline, já haviam sido realizados dois aportes na fintech. O primeiro ocorreu há dois anos, quando a Olivia levantou R$ 1,5 milhão, chamando atenção da XP e BR Startups, ligada à Microsoft.
Já no ano passado, o cheque foi mais gordo: R$ 25 milhões, em rodada liderada pelo BV.
A Olivia é concorrente direta do GuiaBolso, plataforma adquirida pelo PicPay em julho. A fintech viu no portal de finanças pessoais uma forma de se expor ao open banking — assim como o Nubank. Agora, o desafio é gerar receita sobre a base de clientes.
Procurado pelo Suno Notícias, o Nubank não se pronunciou.
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Nubank inicia processo de IPO e pede confidencialidade
O Nubank deu o pontapé inicial em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A operação tão aguardada, porém, tem desdobramentos sigilosos. A fintech pediu a confidencialidade dos documentos, tanto nos Estados Unidos como no Brasil.
Isso porque a companhia pretende listar suas ações no mercado norte-americano e, simultaneamente, Brazilian Depositay Receipts (BDRs) na B3.
Aquecendo os motores para a oferta, no início deste mês a empresa mostrou seu primeiro lucro da história.
Entre janeiro e o fim de junho, o Nubank reportou um resultado positivo em R$ 76 milhões positivos, revertendo prejuízo de R$ 95 milhões apurado em igual período de 2020.