O Nubank realizou sua segunda aquisição, a primeira internacional, com a compra da Cognitect, consultoria norte-americana de engenharia de software. Desde 2014, a empresa já presta serviços à fintech brasileira, que incorporará seus cerca de 20 colaboradores. Os valores não foram divulgados.
Após se tornar o maior banco digital do mundo, o Nubank permanece com sua estratégia de crescimento. Avaliada em US$ 10,4 bilhões (cerca de R$ 53,81 bilhões) em 2019, a empresa já possui aproximadamente 26 milhões de clientes — mesmo número de clientes ativos do Santander (SANB11) no mês passado.
A Cognitect criou a linguagem Clojure e o banco de dados Datomic, ferramentas utilizadas pelos desenvolvedores da fintech. A equipe de engenharia do Nubank mais do que dobrou de 2019 para 2020. Enquanto no ano passado eram cerca de 281 profissionais desta aérea atuando na empresa, agora são cerca de 600.
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“Na nossa escala atual, há tanta coisa em jogo que achamos que precisávamos de um nível diferente de acesso a um de nossos parceiros tecnológicos mais importantes”, afirmou Edward Wible, diretor de tecnologia e co-fundador do Nubank, segundo reportou a agência de notícias “Bloomberg”.
Wible disse que o objetivo é ter o “time técnico mais talentoso do mercado”, e que a consultoria estadunidense tem entre seus funcionários “alguns dos maiores especialistas do mundo” em linguagem funcional.
Atualmente, o banco digital possui escritórios no Brasil, México, Argentina e Alemanha. Nos últimos 12 meses, o quadro de funcionários da companhia aumentou em 1,3 mil — colaboradores de mais de 30 nacionalidades diferentes fazem parte da empresa.
Com isso, a fintech vem se distanciando de outras instituições digitais independentes, ou seja, que não têm qualquer ligação com grandes companhias. Em termos globais, as mais próximas são o russo Tinkoff Bank e o britânico Revolut, com aproximadamente 10 milhões e 12 milhões de clientes, respectivamente.
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“O Nubank é uma empresa essencialmente de tecnologia. Temos um forte compromisso em democratizar o acesso aos serviços financeiros na América Latina”, disse David Vélez, fundador e CEO da fintech, em nota.