O Nubank informou que a Anitta irá fazer parte do seu conselho de administração, confirmando a notícia que circulou no mercado no começo do mês. A cantora participará das reuniões trimestrais e auxiliará nas decisões estratégicas da fintech.
Dessa forma, diferente de que o mercado esperava, a Anitta não fará propaganda ou marketing para o Nubank. A cantora — a artista mais influente do Brasil e uma das maiores da América Latina — é também uma empresária que usou sua visão para expandir sua carreira internacionalmente.
“Anitta tem profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que tem explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras. Essas competências foram chave para a convidarmos para o conselho”, disse o fundador e CEO da fintech, David Vélez.
O anúncio do Nubank vem um mês após receber um aporte de US$ 500 milhões de Warren Buffet e se tornar o quinto banco mais valorizado do país, superando valor de mercado estimado de US$ 30 bilhões.
A cantora se torna a terceira mulher do conselho administrativo do banco e irá atuar ao lado de outras profissionais como Anita Sands, professora da universidade americana de Princeton e a atual presidente do Conselho Consultivo Econômico do Fed, Jacqueline Reses.
“Anitta está reinventando a cena cultural nos últimos anos e compartilhamos do mesmo DNA de inovação. É uma empresária de sucesso que vai nos ajudar a aprimorar ainda mais os produtos para nossos clientes”, disse a cofundadora do nubank, Cristina Junqueira.
Nubank deve mirar IPO e expansão internacional com Buffett como parceiro
O anúncio do investimento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,51 bilhões) da Berkshire Hathaway (BERK34), holding do megainvestidor Warren Buffett, no Nubank surpreendeu o mercado. Normalmente avessa a empresas que queimam caixa e sem grandes vantagens competitivas, a Berkshire aposta agora na fintech do cartão roxo, que deve aproveitar para realizar um IPO (oferta pública inicial de ações, em inglês) logo e, principalmente, expandir a operação para além do Brasil.
Para isso, segundo especialistas ouvidos pelo SUNO Notícias, o Nubank deve não só contar com os US$ 500 milhões da Berkshire, mas também com o auxílio dos gestores da companhia norte-americana para abrir as portas dessa expansão internacional.
“O investimento do Buffet também traz um branding para o Nubank. No Brasil, eles já entenderam o mercado e, para mim, a questão clara é sobre como fazer a expansão global, até porque o Buffet não iria investir em uma empresa que só iria olhar o Brasil”, disse o professor de MBA da Faculdade Unisinos, Fabrizio Gueratto, financista do Canal 1Bilhão.