Nubank se impõe como ‘ameaça roxa’ e deve superar Banco do Brasil (BBAS3) em 2023, alerta XP

Em meio a titãs do setor financeiro do Brasil, o Nubank se tornou em oito anos um dos maiores bancos do País em número de clientes. Mas a fintech do cartão roxinho não deve estacionar agora. Segundo relatório da XP Investimentos, conforme a empresa expande a base de clientes em mais de 1 milhão de clientes por mês, ela deve superar o líder de mercado com mais de 200 anos de vida, o Banco do Brasil (BBAS3), em 2023.

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Só no ano passado, o Nubank elevou a base de clientes em 13 milhões, alcançando 33 milhões, superando o Santander Brasil (SANB11) e adentrando o rol dos cinco maiores bancos brasileiros na métrica, destacou relatório assinado pelos analistas da XP Investimentos Marcel Campos e Matheus Odaguil. E isso sem agências e com menos de 4 mil funcionários.

“Como acontece com a maioria dos novos entrantes, o Nubank começou com um produto principal (cartão de crédito), no qual o banco já é competitivo e está mudando o mercado”, salientaram os especialistas. “Mas a fintech já está avançando em outros mercados, como crédito, investimentos e seguros, ampliando a ameaça ao setor”, acrescentaram.

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De acordo com a corretora, o banco digital deve expandir sua própria carteira e pode fazer parcerias para oferecer outros empréstimos a seus 33 milhões de clientes. A companhia também comprou a Easynvest em 2020, mesmo ano em que fechou parceria com a CHUB dando início à operação de seguros.

Estrago no mercado de pagamentos

Dados do Banco Central (BC), citados pelos analistas, apontam para uma participação de mercado de empréstimos de cartão de crédito rotativo do Nubank no terceiro trimestre de 2020 de 4%, ante 0% em 2017.

Enquanto isso, com exceção do Santander, todos os operadores incumbentes registraram perda de market share no período. A título de comparação, o Itaú Unibanco (ITUB4) viu a posição no mercado cair de 33,4%, ao final de 2017, para 30,4% em setembro de 2020.

“Em pagamentos, o estrago já está feito”, disse a XP no relatório.

Nubank busca lucrar

A fintech registrou prejuízo líquido de R$ 230 milhões em 2020, déficit 26% menor em relação ao resultado do ano anterior. Segundo a empresa, porém, esse número é uma “uma decisão de negócio”.

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“A mudança pode sugerir que o Nubank é capaz de alavancar operacionalmente e/ou desfrutar da rentabilidade de clientes antigos”, observaram os analistas da XP Investimentos.

Mas mesmo sem lucratividade, a análise é que há espaço para crescimento. “Ao contrário do que pensávamos no nosso Mergulho em Bancos de 2020, fintechs como a Nubank tiveram acesso ao capital de investidores neste cenário de pandemia, como demonstrado pelo aporte de US$ 400 milhões em janeiro de 2021 em sua Série G.”

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Arthur Guimarães

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