Nesta segunda-feira (30), as bolsas asiáticas dispararam, em linha com novos estímulos da China, que visam apoiar sobretudo o mercado imobiliário do país. Após a notícia, o banco suíço UBS emitiu um relatório expondo sua visão sobre a sustentabilidade desse rali chinês.
O Banco Central da China anunciou que reduzirá as taxas de hipoteca para empréstimos imobiliários existentes até 31 de outubro, e grandes cidades, como Guangzhou, Xangai e Shenzhen, flexibilizaram restrições à compra de imóveis. Essas medidas seguem uma série de estímulos, incluindo um afrouxamento monetário maior do que o esperado e políticas de apoio ao mercado imobiliário.
O relatório sugere que há espaço para uma reavaliação das ações chinesas. No entanto, destacada a necessidade de mais medidas para sustentar o rali. A casa afirma que os investidores devem estar cientes de que a implementação total dos estímulos ainda é incerta e que uma recuperação mais significativa do crescimento depende de mais apoio fiscal ao mercado imobiliário.
Os analistas também advertem contra decisões de investimento baseadas no medo de perder oportunidades (FOMO). Embora o rali tenha atraído atenção global, diz a casa, ele pode ter sido impulsionado por uma cobertura de posições vendidas, e os riscos, como tarifas de exportação ou restrições tecnológicas nos Estados Unidos ainda são relevantes.
Assim, a expectativa do UBS é de um crescimento modesto nas ações chinesas no quarto trimestre de 2024, o que inclui oscilações devido à proximidade das eleições nos EUA.
A casa sugere focar em empresas de tecnologia e consumo na China, que de acordo com os analistas, devem se beneficiar dos estímulos econômicos. Para mitigar riscos geopolíticos, o relatório sugere também manter uma exposição a setores defensivos, como telecomunicações, energia e finanças.
Além disso, diz o UBS, setores internacionais que podem se beneficiar dos estímulos da China incluem mineradoras, empresas de consumo, líderes tecnológicos da Ásia e marcas de luxo europeias.