Os 5 novos bilionários que enriqueceram na luta contra o coronavírus
Eles produzem vacinas, máscaras, respiradores, álcool gel seringas. Entre os produtos mais demandados em época de pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Dos 493 novos bilionários que entraram no último ranking da revista Forbes (em grande parte impulsionado pela euforia das Bolsas de Valores do mundo inteiro), pelo menos quarenta ultrapassaram a barreira do bilhão de dólares de patrimônio graças a atividades diretas relacionadas à luta contra o coronavírus.
Eles vêm do mundo inteiro, e esses são os seis mais famosos do ranking.
Confira os novos bilionários que enriqueceram na luta contra o coronavírus
1. Li Jianquan (China): US$ 6,8 bilhões entre máscaras e desinfetantes
O mais rico dos novos bilionários chama-se Li Jianquan, tem 64 anos e é presidente da Winner Medical, gigante chinesa que produz curativos, gazes, máscaras, desinfetantes e dispositivos médicos em geral.
Enquanto vendia bilhões de máscaras ao redor do mundo, em setembro passado o empresário chinês achou interessante listar sua empresa na Bolsa de Valores de Shenzhen, ganhando US$ 6,8 bilhões de uma só vez.
2. Stéphane Bancel (França): US$ 4,3 bilhões para o diretor-presidente (CEO) da Moderna
Depois do chinês Jianquan, está o francês Stéphane Bancel, 49 anos, diretor-presidente (CEO) da Moderna, uma das joias da biotecnologia americana cujas ações voaram na bolsa graças à aprovação da vacina que utiliza a tecnologia do RNA mensageiro.
Bancel, que detém 9% das ações da empresa de Massachusetts, saltou para o clube bilionário da Forbes graças à corrida da Moderna em Wall Street, com as ações passando de US$ 18 no final de 2019 para quase US$ 184 em fevereiro passado.
Na prática, um aumento de mais de dez vezes em valor em pouco mais de um ano.
3. Liu Fangyi (China): US$ 4,2 bilhões com máscaras, álcool gel e luvas
O pódio é fechado por outro chinês, Liu Fangyi, que em 2009 fundou o grupo Intco Medical Technology, listada na Bolsa de Valores de Shenzhen desde julho de 2017.
Em suas dez fábricas, os mais de seis mil funcionários da gigante chinesa produzem bilhões e bilhões de luvas e máscaras descartáveis, além de milhões de litros de álcool gel desinfetante, vendendo-os em mais de 120 países ao redor do mundo.
Um negócio que já era promissor antes da pandemia, que o novo coronavírus projetou para picos de crescimento impensáveis há dois anos.
4. Uğur Şahin (Alemanha): US$ 4 bilhões do filho de imigrante turcos na Alemanha
Uğur Şahin, além de bilionário é também uma celebridade. O médico e empresário de 55 anos é filho de imigrantes turcos (seu pai era um trabalhador da fábrica da Ford em Colônia) que em 2009 fundou a BioNTech em Mainz, uma pequena startup médica dedicada à desenvolver a pioneira tecnologia de RNA mensageiro.
Com a listagem da Nasdaq em outubro de 2019, mas principalmente com a chegada do coronavírus e a parceria com a Pfizer para desenvolver uma vacina, a empresa de Uğur e de sua esposa Özlem Türeci decolou.
Uma ação da BioNTech, que não chegava a US$ 14 nos dias pós-listagem, atingiu quase US$ 190 (+1357%) no final de abril.
No primeiro trimestre, a empresa alemã também registrou receitas superiores a US$ dois bilhões (de cerca de US$ 30 milhões do ano anterior), com um lucro líquido saltou para US$ 1,13 bilhões (contra um prejuízo de US$ 60 milhões no mesmo período de 2020).
5. Yuan Liping (Canadá): um divórcio que valeu US$ 3,6 bilhões
O aumento repentino da riqueza de Yuan Liping, a primeira mulher no ranking, está sempre ligada ao boom das vacinas.
Há um ano, a sino-canadense de 50 anos rompeu o casamento com o marido, Du Weimin que todos na China chamam de “o imperador das vacinas” e está licenciando centenas de milhões de produtos AstraZeneca.
A venda para Yuan Liping de quase metade das ações da gigante Shenzhen Kangtai Biological Products nas mãos de seu ex-marido a levou para o Olimpo dos bilionários que enriqueceram graças a luta contra o novo coronavírus.