O novo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta (28) a instituição vai trabalhar fortemente para reduzir o spread bancário.
“Quando olhamos o spread bancário, não estamos contentes. Achamos que o spread bancário é alto, estamos trabalhando para reduzi-lo […] Estamos trabalhando fortemente nisso. Há vários projetos, há uma agenda inteira de fintechs com várias medidas de regulamentação”, declarou o presidente do BC.
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Spread bancário é a diferença entre os juros que o banco paga a seus investidores, como as pessoas que compram CDBs e outros produtos que a instituição utiliza para financiar, e aquela que ele cobra de quem toma empréstimo.
Segundo Campos Neto, a maior parte desse spread não está relacionado ao lucro das instituições bancárias, que corresponderiam a apenas 15%. “O lucro sobre o spread não é mais alto que em outros países. Precisamos trabalhar nas microrreformas”, disse. Inadimplência (35% do spread), custos financeiros (25%) e custos operacionais (25%), segundo ele, são mais importantes.
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“A recuperação de crédito é de R$ 0,13 por real no Brasil, e leva uma média de quatro anos. Em alguns países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] é de R$ 0,60 a R$ 0,70 e o prazo médio de recuperação é de um ano e meio a dois. Tem de se fazer um trabalho enorme na parte de recuperação”, afirmou Roberto Campos Neto.
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O executivo disse que a reforma trabalhista ajudou a reduzir o custo do trabalho e que, em relação ao custo financeiro, é necessário reduzir os depósitos compulsórios (medida que obriga os bancos a depositarem parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, em uma conta do Banco Central). “Os compulsórios são altos, mas há um plano de reduzir”, disse.
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