Após ter assumido na última semana o cargo de presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Fausto de Andrade Ribeiro, enviou nesta segunda-feira (5) uma mensagem aos funcionários da empresa, conforme informou o “Estado de S. Paulo”.
De acordo com a carta obtida pelo jornal, o novo presidente do Banco do Brasil prometeu “austeridade” nas despesas e continuidade à agenda de venda e de reorganização societária de negócios secundários. Além disso, demonstrou alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro, contrário à privatização da instituição.
Apesar de não citar explicitamente, o jornal aponta que a leitura foi a de que Ribeiro é contra a privatização do banco, tal como Bolsonaro.
“O Banco do Brasil é de mercado e é do Brasil”, disse Ribeiro. “É de mercado, está listado em Bolsa, tem que ser lucrativo, competitivo e eficiente ao atender mais de 65 milhões de clientes no Brasil e no Exterior; e é do Brasil, porque cada brasileiro é um sócio desse Banco, que nos faz ser historicamente compromissados com o desenvolvimento econômico e social do País.”
Na carta, o novo presidente do BB reforçou seu compromisso de conduzir o banco com “retornos adequados” aos acionistas e “atuando de forma integrada e sinérgica com as diretrizes do seu controlador, o governo federal”.
“É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras”, completou.
Banco do Brasil: Em carta de renúncia, Monforte alega ‘restrição inaceitável’
Após a carta de renúncia entregue pelo ex-presidente do conselho de administração do Banco do Brasil, Hélio Magalhães, o conselheiro independente José Guimarães Monforte decidiu também enviar à instituição sua carta de renúncia.
A série de renúncias vem na esteira da nomeação de Fausto Ribeiro para a presidência do Banco do Brasil, no lugar de André Brandão, que entrou em rota de colisão com o Palácio do Planalto após lançar plano de enxugamento da instituição.
“As circunstâncias, representadas por restrição inaceitável a atos da administração, emergiram e impedem efetivar medidas que visam realizar avanços na direção de ganhos de eficiência”, afirma Monforte em trecho da sua carta de renúncia. “Acredito também que o processo de sucessão na liderança de empresas, principalmente as de capital aberto, não deve ser feita somente porque se detém o poder para fazê-las.”
Monforte ocupou a posição por pouco mais de um ano. Brandão, que deixou o posto em março, esteve à frente do BB por aproximadamente seis meses.
(Com informações do Estadão Conteúdo)