Novo estudo da Vale avalia cenários em caso de rompimento da barragem

A Vale entregou para a Justiça um novo estudo que avalia o que pode acontecer em caso de rompimento da barragem de Barão de Cocais, em Minas gerais. A cidade já está em alerta e muitos moradores já deixaram o local.

Na última semana, a Vale confirmou a movimentação no talude norte (estrutura que envolve o rejeito do minério) da Cava de Gongo Soco, em Barão de Cocais. Além disso, afirmou que a estrutura da mina pode se romper entre os dias 19 e 25 de maio.

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Nesta semana, o chefe da divisão de segurança de barragens de mineração de Minas Gerais da Agência Nacional de Mineração (ANM), Wagner Nascimento, disse que o talude da Vale tem se movimentado a uma velocidade média de 7 centímetros (cm) por dia, aumentando os temores de um rompimento da estrutura ainda nesta semana.

Dessa forma, escolas, bancos e serviços públicos da cidade, localizados próximo ao trecho por onde os rejeitos podem passar, foram fechados ou então transferidos de lugar.

Cenários do estudo

O novo estudo sobre o possível rompimento da barragem é conhecido como Dam Break. Ele mostra diversos cenários em caso de quebra.

No estudo, o relatório indica que uma das áreas de risco, que seria mais atingido pela proximidade com o rio, teve as calçadas pintadas de laranja e possui placas com rota de fuga, para que as pessoas possam chegar ao ponto de encontro. No total, são sete pontos de encontro, todos em lugares altos da cidade.

Saiba mais: Talude da mina da Vale em Barão dos Cocais deve se romper nesta semana

Em um cenário mais extremo, com excesso de chuva e rios e córregos, faria a barragem se romper por completo liberando 6,8 milhões de metros cúbicos de rejeito. Dessa forma, os rejeitos passaria sobre a barragem de água que fica logo abaixo e em seis minutos atingiria o distrito de Socorro, onde os moradores já foram retirados.

A cidade de Barão de Cocais seria atingida em pouco mais de uma hora, Santa Bárbara em pouco mais de três horas e São Gonçalo do Rio Abaixo seria atingida após oito horas e meia.

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, as ações preventivas já foram tomadas. Foram tiradas “das residências de risco aquelas pessoas que não teriam condição de sair em tempo hábil. Para as pessoas que moram nos centro urbanos, nós temos um tempo, dada a distância da barragem, para elas poderem agir. Inclusive ações foram treinadas”, afirmou o major, Eduardo Lopes.

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Segundo a Vale, todas as medidas preventivas foram tomadas, inclusive a retirada de moradores das áreas de risco. Além disso, a empresa afirmou que simulados de emergência foram aplicados nos três municípios que podem ser atingidos.

Renan Bandeira

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