O novo contingenciamento no Orçamento do governo será em torno dos R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. Inicialmente, os valores apontados eram de cerca de R$ 10 bilhões. O anúncio do bloqueio será feito na próxima quarta-feira (22) e os números abaixo do esperado foram divulgados pela Míriam Leitão, do “O Globo”.
De acordo com o divulgado pela jornalista, o governo reviu as contas e concluiu que não precisaria de um contingenciamento maior no Orçamento. Ainda de acordo com o jornal, a equipe econômica deve anunciar que vai usar parte de sua reserva orçamentária.
Essa reserva foi feita quando o Executivo anunciou o bloqueio de R$ 30 bilhões. Isso porque, desse total, R$ 5 bilhões foram “guardados” pelo governo. Assim, o valor poupado deve ser usado agora para ajustar as contas públicas.
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Cenário econômico
O anúncio do primeiro contingenciamento gerou polêmicas. Além disso, a medida provocou protestos em todo o país. Isso porque a maior parte do bloqueio será destinada à área da educação, cerca de R$ 5,8 bilhões.
Durante um evento em Dallas, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os bloqueios são necessários. “Na verdade, não existe corte. O que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente. Com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar”, disse.
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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni também falou sobre os bloqueios. Assim, ele afirmou que o contingenciamento não é um corte. “O contingenciamento é guardar, é poupar. É como o pai que tem um salário e sabe que tem que comprar o vestido de 15 anos da filha em outubro, mas está em maio. Aí ele vê o que está entrando e o que está gastando e pensa ‘pode ser que não dê’. Então ele contingencia, protege o seu gasto. Isso é uma atividade responsável, é o que o governo está fazendo”.
A expectativa do governo é de que o cenário econômico melhore até o próximo relatório bimestral. Isso porque os últimos dados do Ministério da Economia mostram uma redução da previsão de crescimento, para 1,6%.