O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou neste domingo (29) a volta das aulas presenciais para crianças mais novas a partir de 7 de dezembro. Segundo o Financial Times, a política de fechamento vinha frustrando pais e era criticada por supostamente priorizar negócios em detrimento da educação.
De acordo com o jornal, pouco menos de duas semanas após o medida de fechar as escolas municipais, o mandatário anunciou a reabertura das escolas para crianças do ensino primário. Aulas presenciais para estudantes de educação especial, priorizados por apresentarem menor risco devido a carga de cuidados que recebem, voltarão em três dias.
O prefeito, no entanto, não informou quando o maior sistema de escolas públicas dos Estados Unidos iria retomar as aulas presenciais com crianças mais velhas no ensino fundamental e médio, que, por enquanto, continuarão com o ensino à distância.
“Queremos nossos filhos na sala de aula o máximo de tempo possível. Nossas famílias também. Vamos trabalhar para que isso aconteça ”, disse de Blasio.
Escolas públicas de Nova York viram motivo de embate político
Medidas a serem tomadas em relação às escolas públicas de Nova York em meio à pandemia vem sendo motivos de discussão entre o governo e a sociedade civil, com os pais e professores também em desacordo.
O governo municipal determinou o fechamento das escolas durante a primeira onda da doença no país, em março deste ano. Já em setembro, de Blasio saudou a reabertura escalonada das escolas, porém voltou a fechá-las no início deste mês após o crescimento do número de infecções.
A questão é particularmente sensível aos pais, que contam com as escolas não somente como um espaço de aprendizagem, mas também de cuidado, que permite aos responsáveis confiar suas crianças enquanto trabalham.
Críticos acusam o prefeito de Nova York de se curvar à indústria de restaurantes e sua agressiva campanha de lobby, permitindo jantares ao mesmo tempo que fecha escolas, que se provaram ser muito mais seguras.
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