Cada acionista da NotreDame Intermédica (GNDI3) receberá, em contrapartida ao resgate de papéis preferenciais da Hapvida (HAPV3), uma cifra de R$5,16614751932 para cada ação de que forem proprietários no fechamento do pregão do dia 11.
Com a fusão entre a Intermédica e a Hapvida, as ações GNDI3 deixarão de ser negociadas na semana que vem, e segundo a Notre Dame, essa preferência na negociação já considera todos os ajustes previstos no Protocolo e Justificação, bem como a variação do CDI sobre o valor total de R$4 bilhões entre março de 2021 e a data em questão.
Segundo o comunicado da empresa, o pagamento desse ‘caixa’ aos acionistas será feito junto com os dividendos da NotreDame, no dia 29 de março de 2022.
“Os valores são brutos e estarão sujeitos a eventuais impactos tributários incidentes sobre o pagamento aos acionistas do GNDI residentes ou não-residentes, conforme indicado no Comunicado ao Mercado divulgado em 20 de janeiro de 2022”, frisa a empresa.
O movimento já estava previsto e vai de encontro com o que foi comunicado por ambas as empresas nas últimas semanas. Cada fusão de capital social pode gerar medidas diferentes em relação ao acionista, como a mudança nas Lojas Americanas, negociadas à época sob o ticker LAME4.
No caso, o acionista também pode optar pelo ‘saque’ do dinheiro ou pela substituição dos papéis, proporcionalmente, por AMER3 – os novos.
Fusão entre Hapvida e NotreDame terá sinergia de até R$ 1,38 bi
A combinação dos negócios entre ambas as empresas, segundo fato relevante, tem potencial de gerar R$ 1,38 bilhão ao novo grupo em até três anos.
Da cifra total, mais de metade, 58%, viria da combinação dos negócios, cerca de R$ 800 milhões. Outros R$ 330 milhões, ou 24%, vêm da economia de custos com a sinistralidade e R$ 250 milhões, 18%, da redução das despesas de vendas, gerais ou administrativas.
As empresas esperam atingir cerca de 40% das sinergias operacionais até o fim deste ano, outros 30% em 2023 e os demais 30% até o fim de 2024.
A conta não inclui os custos de fusão, estimados entre R$ 100 milhões a R$ 150 milhões. Com isso, o saldo da união ficaria em R$ 1,28 bilhão a R$ 1,23 bilhão.
A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica foi anunciada em fevereiro do ano passado e aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em dezembro, sem ressalvas.
Entre os destaques do lado dos aportes, as companhias reforçam aumento das receitas por conta do cross-sell dos planos corporativos já existentes e da criação de um plano nacional com “utilização de rede verticalizada e aproveitamento da capacidade ociosa da rede assistencial própria para prestação de serviços para terceiros e convênios”.
Já no lado dos gastos, o grupo resultante da combinação entre Hapvida e NotreDame ressalta a redução de custos médico-hospitalares provenientes das áreas de suprimentos e centralização da cadeia de suprimentos, bem como otimização e renegociação dos contratos existentes, compartilhamento da rede assistencial própria, investimentos para incremento de verticalização e gestão hospitalar mais eficiente.