A NotreDame Intermédica (GNDI3) obteve um lucro líquido ajustado de R$ 232,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, um avanço de 17,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o balanço divulgado na noite da última terça-feira (16), o resultado acumulado em 2020 foi o melhor da história da empresa.
No ano, a NotreDame Intermédica lucrou de forma ajustada R$ 1,01 bilhão, crescimento de 59,7% contra 2019. Desde 2015, quando registrou um ganho de R$ 218 milhões, a Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) é de 35,9%.
A margem líquida ajustada também avançou no ano, saindo de 7,5% em 2019 para 9,5% em 2020.
No trimestre, o resultado foi proveniente de uma receita líquida de R$ 2,81 bilhões, crescimento de 22,1% na comparação anualizada. No ano, a receita cresceu 26,9%, para R$ 10,67 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no quarto trimestre foi de R$ 419,5 milhões, leve crescimento de 6,1% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
Dentre os destaques operacionais, a direção da Intermédica salienta o crescimento inorgânico da companhia. No ano passado, foram 14 aquisições que totalizaram 1,08 milhão de beneficiários novos, com 1.312 leitos. O movimento marcou a entrada em alguns dos mercados levantes da saúde privada no Brasil, como Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
Com isso, a empresa teve crescimento de 35% no número de hospitais, passando de 20 em 2019 para 27 em 2020. O número de leitos cresceu 25,4% na comparação anual, para 3.122.
No quarto trimestre, foi registrada a adição líquida de 35,4 mil beneficiários nos planos de saúde, sendo 46,3 mil oriundas da aquisição do LifeDay.
A companhia também comentou sobre o negócio fechado com a Hapvida (HAPV3), que criará “uma das maiores operadoras verticalizadas do Brasil contando com uma rede própria moderna de mais de 80 hospitais, 280 centros clínicos, unidades de medicina preventiva e centros de medicina diagnóstica laboratorial”.
Entre as sinergias citadas estão os processos comerciais, alavancagem da rede própria e eliminação de duplicidades nas despesas gerais e administrativas. A fusão ainda passará pela Assembleia Geral Extraordinária e pelo crivo do Conselho Administrativa de Defesa Econômica (Cade).
NotreDame Intermédica diz que pandemia ainda traz desafios
Embora, no fim das contas, o resultado anual tenha sido positivo, a administração da companhia reiterou que os desafios trazidos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) permanecem rondando o setor e a economia do País.
“Nesse contexto, que perdurou o ano todo, com altos e baixos, e que ainda impacta o ano de 2021, o Grupo vem atuando de forma orquestrada com o objetivo de continuarmos executando nossa estratégia, dentro de um ambiente mais controlado e que traga menores impactos a nossos stakeholders“, diz a empresa em comunicado.
A companhia destacou que o comitê de gestão de crise, que está instalado até hoje, colaborou para a disponibilização de sete unidades de atenção primária e seis hospitais da rede própria para o atendimento exclusivo à pandemia.
“Mesmo no cenário macroeconômico adverso influenciado pelos impactos da pandemia, a companhia tem apresentado volumes recordes d evendas brutas”, pontua a NotreDame Intermédica.
