A Bain Capital deve realizar na quinta-feira (23) um block trade para vender de um terço a metade da participação restante na NotreDame Intermédica (GNDI3). A informação é do Brazil Journal.
O grupo de private equity tem 11,19% da NotreDame Intermédica, o equivalente a cerca de 68,8 milhões de ações. Fontes disseram ao site que, caso a demanda seja robusta, a Bain Capital zerará a posição na operadora de saúde.
A ação da NotreDame Intermédica liderou as maiores baixas do Ibovespa nesta quarta-feira (22), com um recuo de 3,88%, chegando a R$ 79,57. O índice acionário de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) terminou o dia em alta de 1,84%, a 112.282,28 pontos.
O movimento do papel aconteceu após bancos interessados na coordenação da oferta da Bain Capital sondarem o interesse de investidores, segundo o Brazil Journal. JPMorgan (JPMC34) e Morgan Stanley (MSBR34) disputavam o mandato da operação esta tarde.
A ação da Hapvida (HAPV3), com a qual a NotreDame Intermédica fez um acordo de fusão, acompanhou o desempenho negativo. O papel da operadora registrou queda de 3,89% e foi a R$ 14,59.
A informação de que a diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Junior, citou a Hapvida na CPI da Covid também pode ter impactado negativamente as ações.
Fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica depende do Cade
No mês de junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu a autorização para Hapvida e NotreDame Intermédica seguirem com os planos de fusão.
A operação dará vida a uma das maiores operadoras de saúde verticalizadas do mundo e oferecerá o gás necessária às companhias continuarem a estratégia de consolidação do setor de saúde no Brasil, orgânica e inorganicamente, por meio de aquisições.
NotreDame Intermédica e Hapvida aguardam agora o sinal verde do órgão regulador Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concluírem a combinação de negócios.