A operadora de planos de saúde NotreDame Intermédica (GNDI3) apresentou no primeiro trimestre de 2021 prejuízo de R$ 27,9 milhões, revertendo o lucro observado um ano antes, de R$ 160,4 milhões.
A receita líquida cresceu 13,4% entre o primeiro trimestre de 2020 e de 2021, para R$ 2,903 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 137 milhões no primeiro trimestre, queda de 64,3% ante o mesmo período de 2020. Já o Ebitda ajustado da NotreDame caiu 52,8% no intervalo, para R$ 189,3 milhões.
Entre janeiro e março, a empresa apresentou um resultado financeiro positivo de R$ 49,9 milhões, alta de 52,4% sobre igual período de 2020.
No intervalo, o número de hospitais subiu de 23 para 29, enquanto o total de beneficiários passou a 6,613 milhões, alta de 7,9% na comparação anual.
“Ao longo do primeiro trimestre, o GNDI dedicou-se à conclusão das aquisições assinadas em 2020, simultaneamente com as atividades relacionadas à combinação de negócios com a Hapvida. As oportunidades de M&As continuarão a impulsionar a consolidação do mercado”, diz a empresa, na mensagem da administração que acompanha os resultados.
Acionistas da Hapvida e da NotreDame aprovam fusão
Os acionistas da Hapvida (HAPV3) e da NotreDame Intermédica aprovaram em março, em assembleias gerais extraordinárias, a combinação dos negócios das duas empresas do setor de planos de saúde.
A consumação do negócio entre Hapvida e NotreDame Intermédica, agora, precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do cumprimento de termos e condições descritos no acordo.
As duas empresas chegaram a um acordo para a fusão no final de fevereiro. A Hapvida irá incorporar a NotreDame, sendo que cada acionista da GNDI deve receber 5,2490 ações da HAPV3 e mais R$ 6,45. Com isso, os acionistas da Hapvida ficarão com 53,6% do capital da nova empresa e os da NotreDame com 46,4%.
Irlau Machado, atual diretor-executivo (CEO) da NotreDame, e Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, atuarão como co-CEOs da nova empresa. O conselho de administração será ampliado para, no mínimo, nove membros, sendo dois indicados pelo atual conselho da NotreDame, cinco pela Hapvida e dois independentes.
(Com informações do Estadão Conteúdo)