A Northwell, empresa de saúde dos Estados Unidos, demitiu um total de 1.400 funcionários que se recusaram a tomar a vacina – cerca de 2% do quadro total de colaboradores.
A decisão da administração da Northwell se dá em meio a uma exigência de Nova York para que todos os funcionários de empresas de saúde, hospitais e lares de idosos tenham todo o seu quadro vacinado. Atualmente, cerca de 64% da população do estado já está totalmente imunizada, ante 71% que já tomou somente a primeira dose da vacina.
A medida não abre brecha para que os funcionários possam recusar a vacina e realizarem testes semanais, como havia sido feito até então. Do mesmo modo, não é tolerada a recusa da vacina por motivo religioso ou outra justificativa.
O governo de Joe Biden fez exigência de vacina para profissionais de saúde, em um esforço para aumentar o número de imunizados no país. Profissionais da área médica, especialmente aqueles em grandes sistemas hospitalares como a Northwell, estão cumprindo as ordens. Mas funcionários da própria Northwell protestaram contra a obrigatoriedade da imunização, anunciada no mês de agosto.
Apesar disso, há um temor de ausência de mão de obra nos hospitais do estado desde a decisão, a ponto de a governadora Kathy Hochul declarar estado de emergência na semana passada. A decisão pretendia obter permissão de enviar tropas da Guarda Nacional para agilizar vistos para trabalhadores vindos do exterior e recrutar recém-formados ou profissionais de saúde recentemente aposentados para preencher a lacuna de funcionários.
No estado de Nova York, 87% dos funcionários do hospital foram completamente vacinados até o dia 29 de setembro, de acordo com dados de saúde estaduais.
A companhia, que emprega mais de 76 mil pessoas, disse em um comunicado que vacinar todos os seus funcionários permitiria “fornecer atendimento excepcional em todos os nossos hospitais, sem interrupção e permitir que nossas instalações permanecessem abertas e totalmente operacionais”.
“A Northwell adotou uma abordagem rápida e agressiva para avançar com sucesso em direção à conformidade total com a vacinação, mantendo a continuidade dos cuidados e garantindo que nosso alto padrão de segurança do paciente não seja comprometido de forma alguma”, continua a companhia, em nota enviada ao The New York Times.
No Brasil, trabalhadores apoiam exigência de vacina para retorno do trabalho presencial
Um montante de quase 90% dos brasileiros acredita que é importante que as empresas exijam a vacina contra covid-19 dos seus funcionários para o retorno ao trabalho presencial, conforme pesquisa realizada pelo Linkedin com mais de mil pessoas.
De acordo com o levantamento do Linkedin, o Brasil apresenta uma das maiores porcentagens no quesito exigência de vacina para retornar ao trabalho presencial, ficando à frente de outros países, como Espanha (71%) e México (86%) – únicos países que incluíram essa questão em suas respectivas pesquisas.
A pesquisa também revelou que cerca de 84% dos respondentes acreditam que testes de covid-19 são, de alguma forma, relevantes para a volta ao escritório, e 85% dizem que perguntarão para seus gerentes, colegas e outras pessoas que interagem diariamente se eles tomaram a vacina.
“As medidas de saúde e segurança são uma preocupação ao redor do mundo, mas é possível perceber que os brasileiros veem a vacina como um ponto essencial”, afirma Milton Beck, diretor-geral do Linkedin para América Latina.
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