A primeira fabricante de celulares, Nokia, está aproveitando a guerra comercial para crescer contra a sua rival chinesa, Huawei. A estratégia da empresa pioneira é jogar no time dos dois países para ampliar seus negócios em 5G.
A Nokia utiliza o mesmo argumento do governo dos EUA. O presidente americano classificou a Huawei em sua lista negra e afirmou que seus equipamentos trazem risco à segurança nacional. Com isso, Donald Trump proibiu a empresa chinesa de comprar tecnologia americana sem a permissão do governo. Trump espera que seus aliados tomem a mesma medida, como Alemanha, Japão e Reino Unido.
Estratégia
Dessa forma, a equipe de vendas da empresa finlandesa, entrou em contatos com os países dos quais o EUA espera que aplique a medida. O principal objetivo é oferecer e divulgar seus produtos como alternativa.
“Segredos comerciais essenciais poderão ficar expostos nessas redes: inovações aeronáuticas, fórmulas farmacêuticas, projetos de carros elétrico“, disse o presidente-executivo da Nokia, Rajeev Suri.
Simultaneamente, a empresa finlandesa busca espaço de atuação na China. “Queremos ser amigos da China”, afirmou Sauri. A Nokia tem a ambição de ser a principal fornecedora de produtos estrangeiros ao país.
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Atualmente a pioneira em celulares atua no oriente por meio de uma união com uma estatal chinesa. São 17 mil pessoas empregada na empresa, esse valor corresponde a três vezes o total de empregados na Finlândia. A operação ocorre nas seguintes regiões:
- região da grande China;
- Taiwan;
- e Hong Kong.
No meio do ano passado, a empresa assinou contrato de fornecimento de equipamentos e serviços à China no valor de U$ 1,1 bilhão. Além disso, assinou o contrato de venda de equipamentos 5G aos EUA, pelo valor de US$ 3,5 bilhões.
Desvantagem
Conforme o “The Wall Street Journal”, essa estratégia tem funcionado e a empresa finlandesa tem usado a mesma articulação da Guerra Fria. No período, a Finlândia era aliada aos dois sistemas.
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No entanto, a Nokia ainda tem muitos empasses, pois a Huawei conseguiu se consolidar no mercado internacional. Além disso, os produtos chineses são mais baratos. “Sabemos estar em desvantagem em um ou dois produtos, mas em termo gerais somos competitivos”, disse Suri.