A implementação do 5G não corre risco de atrasar se os equipamento chineses forem proibidos por questão de segurança, disse o presidente-executivo da Nokia, Rajeev Suri, à Reuters
A fala do presidente da Nokia ocorre em meio a debates sobre a proibição do uso de produtos da chinesa Huawei Technologies. O presidente Donald Trump pressiona os países europeus para que barre o uso de equipamentos Huawei. No entanto, operadores de telecomunicações ressaltam que a medida poderia atrasar a implantação do 5G por anos.
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“Eu acho que não se pode dizer que a situação causada por parte disso atrasará a implementação do 5G ou que outros não são capazes ou estão prontos para fornecer equipamento. Isso não seria preciso”, afirmou Suri durante o Mobile World Congress, principal evento da indústria, em Barcelona.
Para o presidente Trump, os produtos da chinesa Huawei são vulneráveis e podem ser utilizados como ferramentas de espionagem pelo governo chinês.
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A Huawei repudia as alegações de Trump. Durante o evento em Barcelona, Guo Ping reafirmou que a empresa chinesa jamais permitiria que qualquer governo controlasse o que chama de “backdoor” do seu equipamento. Um porta-voz da Huawei disse que “a segurança deve ser uma área onde nenhum fornecedor falhe” e que a empresa tem se concentrado em segurança por mais de uma década.
O presidente da Nokia também segue a linha de pensamento Trump sobre a questão da segurança dos aparelhos da chinesa. “Pessoas de todos os lugares estão fazendo perguntas legítimas sobre a melhor forma de proteger redes críticas, sobre quais fornecedores são apropriados e quais não são”, disse ele.
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A Nokia é a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicação do mundo. A companhia finlandesa alertou para um começo de ano fraco nas vendas. Mas espera uma expansão em 2020, conforme a implantação do 5G ganhe força. A Huawei é líder no setor e fechou o terceiro trimestre com 28% da participação do mercado.