A Nissan rejeitará a proposta de fusão com a Renault. A montadora ainda vai pedir uma relação de capital igual. As informações foram divulgadas pelo jornal japonês “Nikkei”.
O motivo da decisão seria uma diferença de tratamento com a Nissan em comparação à Renault. Uma fusão entre as duas montadoras evidenciaria a desigualdade, que seria permanente, segundo o jornal.
A diferença citada pela Nissan seria na aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi.
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A intenção da Renault em retomar as negociações com a Nissan foram divulgadas em março. A fusão entre as empresas teria sido proposta por Carlos Ghosn.
O brasileiro foi preso no Japão em novembro de 2018, acusado de praticar irregularidades na Nissan.
Quarta acusação a Ghosn
Na segunda-feira (22), promotores japoneses apresentaram uma nova acusação contra o ex-presidente da Nissan Motor e Reunalt, Carlos Ghosn.
O brasileiro é acusado pelo suposto desvio para uso pessoal de fundos do fabricante japonês. Esse desvio era feito através da empresa sede em Omãn.
Na segunda se completaria o prazo de detenção provisória, Carlos Ghosn está preso desde o dia 3 de abril. Entretanto, com essa nova acusação, que é a quarta, é possível que o empresário permaneça sob custódia.
De acordo com as autoridades japonesas, Ghosn teria cometido um crime de abuso de confiança agravada contra a Nissan. O empresário brasileiro, desviava parte de transferências da empresa para uma distribuidora de Omãn para seu próprio uso pessoal. O prejuízo total é equivalente a US$ 5 milhões.
Entenda o caso
O empresário foi detido em Tóquio no dia 19 de novembro, Ghosn é acusado de fraude e de uso indevido de recursos do grupo Renault–Nissan. Ele foi solto sob fiança no dia 5 de março pelo Tribunal de Tóquio.
Os juízes japoneses determinaram uma fiança de 1 bilhão de ienes (cerca de R$ 33,8 milhões). O executivo de 64 anos foi acusado de fraude fiscal e uso de verbas da empresa para uso pessoal.
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Ele teria omitido em suas declarações de renda às autoridades da Bolsa de Valores nipônica. Além disso, Ghosn teria escondido quase R$ 167 milhões entre 2010 e 2015.
Ademais, Carlos Ghosn é suspeito de ter repetido a fraude, entre 2015 e 2018, totalizando 4 bilhões de ienes. Além das acusações de não ter declarado sua renda real, a Nissan afirma que seu ex-presidente utilizou ilicitamente residências de luxo espalhadas em vários países do mundo pagas pela empresa.
Nessas despesas paga pelas empresas está a sua viagem durante o carnaval para o Rio de Janeiro. O executivo juntamente com sua esposa convidaram oito casais de amigos para passar a festa na capital fluminense em 2018. Ao todo, a viagem custou US$ 260 mil (cerca de R$977,6 mil) e teria sido paga pelo grupo Renault-Nissan.
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