A Nissan reduziu as suas previsões de lucros para 2019, nesta terça-feira (12). Esses são os primeiros dados a serem divulgados pela empresa após a prisão de seu ex-presidente Carlos Ghosn.
O lucro líquido da Nissan, entre abril e dezembro de 2018, foi reduzido em 45%, ficando em 316,7 bilhões de ienes ou US$ 2,87 bilhões.
No entanto, o motivo da queda foi a redução de 8,4% nas vendas nos Estados Unidos e a redução de 13% nas vendas na Europa, durante 2017.
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Agora, a empresa prevê um lucro líquido de 410 bilhões de ienes (US$ 3,71 bi) em 2019. Dessa forma, a nova estimativa mostra uma redução de 45% quando comparada aos 500 bilhões de ienes (US$ 4,52 bi) esperados antes.
Caso Carlos Ghosn
Carlos Ghosn está preso desde 19 de novembro em Tóquio, sendo acusado de fraude e uso indevido de recursos do grupo Renault-Nissan, no qual era presidente.
O executivo de 64 anos foi acusado de ter omitido em suas declarações de renda às autoridades da Bolsa de Valores nipônica. Ele teria escondido quase 5 bilhões de ienes (cerca de US$ 44 milhões) entre 2010 e 2015.
Além disso, seu braço direito, Greg Kelly, também foi acusado de ter ajudado a ocultar valores.
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Ghosn também é suspeito de ter repetido a fraude, entre 2015 e 2018, totalizando 4 bilhões de ienes (cerca de US$ 35 milhões).
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De acordo com a Nissan, além das acusações de não ter declarado sua renda real, seu ex-presidente utilizou ilicitamente residências de luxo espalhadas em vários países do mundo pagas pela empresa.
A detenção de Ghosn resultou em uma investigação interna da empresa. Além disso, a empresa também é investigada como pessoa jurídica. No entanto, a Promotoria suspeita que a empresa tenha fornecido relatórios falsos às autoridades da Bolsa de Valores.
No entanto, a prisão de Ghosn provocou uma crise na aliança entre a Nissan e a Renault, que foi criada em 1999, pelo próprio por Carlos Ghosn. Assim, com a entrada da Mitsubishi Motors, se tornou o maior grupo mundial do setor automobilístico.
Carlos Ghosn foi destituído da presidência da Nissan poucos dias depois de ter sido detido. Além disso, o executivo foi retirada da presidência da Mitsubishi Motors e no último mês renunciou ao mesmo cargo na Renault.
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