Nissan tem queda de 22% no lucro líquido após caso Ghosn
A Nissan Motor registrou um lucro líquido de 319 bilhões de ienes (o equivalente a 2,545 bilhões de euros) no último exercício fiscal. O resultado representa uma queda de 22,2% em relação ao período anterior.
A forte redução dos ganhos da Nissan é influenciada pela destituição e prisão do executivo Carlos Ghosn. A montadora revisou para baixo o lucro estimado no período que vai de abril de 2018 a março deste ano. O motivo informado foi “impacto de temas corporativos”.
Apesar da Nissan não ter informado quais fatores ajudaram na queda do lucro, o período coincide com a prisão de Ghosn. O executivo franco-brasileiro era presidente da Nissan, e da aliança com a Renault e a Mitsubishi.
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Entenda o caso de Ghosn
O empresário foi detido em Tóquio no dia 19 de novembro, Ghosn é acusado de fraude e de uso indevido de recursos do grupo Renault–Nissan. Ele foi solto sob fiança no dia 5 de março pelo Tribunal de Tóquio. Os juízes japoneses determinaram uma fiança de 1 bilhão de ienes (cerca de R$ 33,8 milhões).
O executivo de 64 anos foi acusado de fraude fiscal e uso de verbas da empresa para uso pessoal. Ele teria omitido em suas declarações de renda às autoridades da Bolsa de Valores nipônica. Além disso, Ghosn teria escondido quase R$ 167 milhões entre 2010 e 2015.
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Ademais, Carlos Ghosn é suspeito de ter repetido a fraude, entre 2015 e 2018, totalizando 4 bilhões de ienes. Além das acusações de não ter declarado sua renda real, a Nissan afirma que seu ex-presidente utilizou ilicitamente residências de luxo espalhadas em vários países do mundo pagas pela empresa.
Nessas despesas paga pelas empresas está a sua viagem durante o carnaval para o Rio de Janeiro. O executivo juntamente com sua esposa convidaram oito casais de amigos para passar a festa na capital fluminense em 2018. Ao todo, a viagem custou US$ 260 mil (cerca de R$977,6 mil) e teria sido paga pelo grupo Renault-Nissan.
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Quarta denúncia contra Ghosn
Na segunda-feira (22), promotores japoneses apresentaram uma nova acusação contra o ex-presidente da Nissan Motor e Reunalt, Carlos Ghosn. Ele é acusado pelo suposto desvio para uso pessoal de fundos do fabricante japonês. Esse desvio era feito através da empresa sede em Omãn.
De acordo com as autoridades japonesas, Ghosn teria cometido um crime de abuso de confiança agravada contra a Nissan. O empresário brasileiro, desviava parte de transferências da empresa para uma distribuidora de Omãn para seu próprio uso pessoal. O prejuízo total é equivalente a US$ 5 milhões.