A Nextel Brasil apresentou, em seu balanço trimestral, um prejuízo líquido de US$ 27,7 milhões no período de julho a setembro deste ano. A companhia, controlada pela NII Holdings, teve uma queda de 11% na comparação anualizada.
No terceiro trimestre, a receita operacional da Nextel atingiu US$ 146 milhões (R$ 584,28 milhões), um avanço de 3%. As despesas operacionais foram de US$ 113 milhões (R$ 452,21 milhões) no período, representando um recuo de 13%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de US$ 32 milhões (R$ 128,09 milhões) no período, uma crescimento de 2,7 vezes em relação aos US$ 12 milhões registrados em 2018.
Nextel tem prejuízo líquido atribuído à controladora
A companhia de telecomunicações, vendida à mexicana América Móvil, dona da Claro, em março, possuía 3,5 milhões de clientes no final de setembro. O volume representa um crescimento de 10% na comparação anual. No mercado brasileiro, a Nextel tem aproximadamente 4% da base de clientes que utilizam planos pré-pagos.
A receita média mensal por usuário da operadora no País foi diminuída em 6,7% no último trimestre, chegando a US$ 14. No entanto, o resultado mostrou-se estável quando comparado ao segundo trimestre deste ano.
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No período de julho-setembro deste ano, o prejuízo atribuído aos controladores da NII Holdings totalizou US$ 29,9 milhões (R$ 119,63 milhões), o equivalente a uma queda de 27%. De janeiro a setembro, a perda foi de US$ 38,5 milhões (R$ 154,03 milhões).
A compra da Nextel pela América Móvil, que tinha sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), está sendo contestada pela TIM (TIMP3) no órgão antitruste.
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No dia 22 de outubro, a TIM entrou com um recurso no Cade denegando a decisão da Superintendência Geral sobre a operação da Nextel Brasil. Após isso, o pleito da companhia foi aceito e será analisando pelo plenário do Cade, o que pode acontecer até março de 2020.