A Nestlé informou, na última quinta-feira (17), que irá devolver US$ 20,2 bilhões para os seus acionistas até 2022, depois de fechar a venda de sua unidade de produtos dermatológicos.
A maior fabricante de alimentos e bebidas do mundo irá realizar a devolução na forma de recompra de ações ou dividendos especiais. A Nestlé também divulgou os resultados de desempenho da empresa no terceiro trimestre.
O diretor-executivo da companhia, Mark Schneider, está implantando ideias de reformulação na Nestlé. A ideia central do CEO é acelerar o ritmo de crescimento de vendas e as margens de lucro da companhia.
A estratégia do executivo é vender unidades que não são mais fundamentais para a Nestlé, como a de produtos dermatológicos, que estava perdendo popularidade entres os clientes da marca. A Herta também é outro exemplo. A fabricante de embutidos foi colocada à venda recentemente.
“Precisamos ser mais velozes em categorias em crescimento e sair de áreas que não são boas oportunidades”, afirmou Schneider.
O CEO também aproveitou para afirmar que há mais planos de mudanças para o futuro, já que a marca deseja investir em fusões e aquisições para “impulsionar o crescimento orgânico”. “Esperem pois há mais por vir no futuro”, reiterou.
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Schneider também disse que a Nestlé tem uma fama de compradora e vendedora de empresas, e que isso deve permanecer para que os desejos dos consumidores fiquem alinhados com as diretrizes da empresa.
As vendas da Nestlé até setembro chegara a US$ 69 bilhões, o que significa uma alta de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço orgânico das vendas foi de 3,7%.
O desempenho da empresa do ramo alimentício foi melhor do que o da Unilever, que obteve elevação de 3,4% no índice de crescimento orgânico de vendas. No acumulado do ano, as ações da Nestlé valorizaram 30%.