A Neogrid (NGRD3), empresa de tecnologia que fornece soluções de abastecimento de produtos, anunciou a aquisição da Smarket, plataforma com ferramentas de gestão e criação de promoções e estratégias de marketing. Trata-se da primeira compra após a abertura de seu capital em dezembro do ano passado.
Segundo o fato relevante, o preço da aquisição envolve duas parcelas de R$ 8,5 milhões. A primeira será paga na data de fechamento da operação, e a segunda no fim do período de 360 dias.
“Com a aquisição, a Neogrid agrega soluções à sua plataforma de empresas conectadas, ampliando o portfólio de ofertas inteligentes ao ecossistema de varejo e indústrias com as ferramentas desenvolvidas pela Smarket, explorando sinergias e potencial de crescimento orgânico junto aos participantes da malha Neogrid”, informou o documento.
Após a publicação do documento, por volta das 12h, os papéis da empresa subiam 1,13%, negociados a R$ 8,05.
Credit Suisse recomenda compra da Neogrid
Em relatório divulgado a clientes no início deste ano, o Credit Suisse disse que iniciou a cobertura de Neogrid, com recomendação de compra. A empresa de tecnologia fez sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa brasileira em dezembro e, logo após 40 dias, já viu suas ações se valorizarem quase 160%.
O Credit Suisse atribuiu um rating de outperform para a Neogrid, com um preço-alvo de R$ 14. Para além da forte valorização dos papéis, o banco crê que a empresa de software catarinense tem uma longa avenida de crescimento pela frente, sobretudo com base em seu ecossistema.
A Neogrid, ressalta a instituição, possui um modelo de negócio “poderoso e ainda mal monetizado”. A empresa é SaaS, ou seja, tem o seu software como serviço, e é líder do fornecimento de softwares de festão para operações de supply chain no Brasil. Porém, outras geografias, como Estados Unidos, Europa e Japão, contribuem com 18% de sua receita total.
Hoje, a Neogrid conecta mais de 40 mil empresas, incluindo as grandes varejistas do País, distribuidores e milhares de pequenas empresas. Essa rede de contatos se torna fértil para a monetização do serviço, e abre caminho para outras iniciativas, segundo o Credit Suisse.
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