A Neoenergia (NEOE3) reportou na noite desta quinta-feira (6) um lucro líquido de R$ 1.007 milhões referente ao exercício do primeiro trimestre de 2021, o que representa uma alta de 75% em relação ao mesmo período de 2020.
A receita operacional líquida da Neoenergia cresceu 27%, para R$ 8,58 bilhões, ante resultado de R$ 6,77 bilhões no primeiro trimestre de 2020.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia elétrica atingiu R$2,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 50% em comparação anual.
A empresa destaca ainda que a energia injetada foi de 18.508 GWh, o que representa uma alta de 6,2% em relação ao mesmo período de 2020, “confirmando a recuperação do mercado nas áreas de concessão” da empresa.
Consumo de energia
De acordo com a empresa, o consumo residencial apresentou crescimento em todas as distribuidoras, consolidando aumento de 9,4% no período.
O consumo da classe industrial cativa caiu 8,8% ante os mesmos meses de 2020. Quando analisamos esse grupo juntamente com o mercado livre, houve aumento de 10,9%, influenciado pelo retorno das atividades econômicas.
A classe rural apresentou aumento de 20,5% quando comparada ao primeiro trimestre do ano passado, pela maior demanda de irrigação. As outras classes apresentaram crescimento de 3,1% na comparação trimestral.
Investimentos
Os investimentos previstos para o período foram mantidos, e o Capex da empresa no trimestre ficaram em R$ 1,8 bilhão, alta de 89%, em base anual de comparação.
Destacam-se os aportes de R$ 1,3 bilhão nas áreas de distribuição e transmissão, que fizeram a empresa alcançar 1.091 quilômetros (Km) de linhas de transmissão em operação e aproximadamente 5,5 mil Km em construção, já considerando o lote arrematado no leilão de dezembro de 2020.
No segmento de distribuição, a empresa destacou a incorporação da CEB, que passa a ser chamada de Neoenergia Distribuição Brasília. Durante o primeiro trimestre, a concessão foi administrada pela companhia por 28 dias.
A Neoenergia também destacou entre o investimento de R$ 416 milhões para as obras dos complexos eólicos Chafariz, de 471,2 megawatts (MW) e Oitis com 566,5 MW. A conclusão das obras está prevista para 2022, e quando estiverem prontos, a capacidade instalada de geração eólica da empresa chegará a 1,5 gigawatts (GW).
Segundo a empresa, no primeiro trimestre a empresa tinha 17 parques eólicos operacionais, e os novos empreendimentos incluirão 27 novos parques eólicos.
Na geração hídrica, foram investidos R$ 45 milhões, considerando R$ 35 milhões de ativo inatingível relativo ao acordo do risco hidrológico (GSF, da sigla em inglês) de Itapebi.
Último fechamento
As ações da Neoenergia listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerraram o pregão desta quinta-feira em alta de 1,50%, cotadas a R$ 16,26.
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