O conselho de administração da Neoenergia (NEOE3) aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 504,8 milhões, conforme decidido em reunião realizada na segunda-feira (11).
Os novos JCP da Neoenergia se baseiam nos resultados do segundo semestre de 2023, apurados até 31 de dezembro de 2023. O valor por ação ordinária dos proventos será de R$ 0,41.
O pagamento dos juros sobre capital próprio da Neoenergia será feito em dezembro de 2024, sem atualização monetária.
A partir de 5 de janeiro de 2024, as ações da Neoenergia passarão a ser negociadas como “ex-JCP”, ou seja, sem direito aos proventos. Sendo assim, a data de corte para receber os proventos é até 4 de janeiro de 2024.
Sobre o valor bruto deliberado pelo conselho de administração da empresa, será deduzido o Imposto de Renda, com exceção dos acionistas que tenham comprovado, junto ao Itaú (ITUB4), a condição de serem dispensados dessa tributação.
A Neoenergia é uma holding do grupo Iberdrola da Espanha, um dos mais relevantes grupos privados do setor elétrico do Brasil em quantidade de clientes.
JCP de Neoenergia
- Valor bruto: R$ 504.870.000,00
- Valor bruto por ação: R$ 0,4164934687
- Data de corte: 4 de janeiro de 2024
- Data de pagamento: dezembro de 2024
Neoenergia (NEOE3) lucra R$ 1,5 bilhão no 3T23, três vezes mais do que o esperado
A Neoenergia registrou um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre de 2023, o que representa um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O consenso Bloomberg mirava R$ 550 milhões de lucro para o resultado da Neoenergia.
Dentre os fatores que impulsionaram esse desempenho positivo no resultado da Neoenergia, a companhia destacou a conclusão da primeira etapa da parceria com o Fundo Soberano de Cingapura (GIC), que envolveu a venda de 50% de oito ativos de transmissão, resultando na entrada de cerca de R$ 1,1 bilhão em caixa em setembro.
Além disso, a finalização da permuta de ativos com a Eletrobras (ELET3) também teve um impacto significativo no resultado do trimestre da Neoenergia. A transação gerou um impacto positivo com um ganho de R$ 1,5 bilhão decorrente da aquisição de 100% do controle da usina hidrelétrica de Dardanelos (MT). Como parte do acordo, a Neoenergia transferiu para a Eletrobras sua participação nas usinas hidrelétricas de Teles Pires (PA/MT) e Baguari (MG).
O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, ressaltou que a empresa manteve uma disciplina de custos rigorosa, apresentando um crescimento das despesas operacionais de apenas 4% no trimestre, abaixo da inflação.
A Neoenergia também reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No que diz respeito ao volume de energia, a empresa registrou um total de quase 20 mil gigawatts-hora (GWh) injetados no terceiro trimestre, um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Neoenergia encerrou o terceiro trimestre com a adição de 317 mil novos consumidores, atingindo um total de 16,3 milhões de clientes ativos, o que reforça sua posição como a maior empresa no Brasil em número de clientes na distribuição de energia.
Em termos de investimentos, a empresa executou um Capex de R$ 2,2 bilhões no trimestre, refletindo seu compromisso contínuo com o fortalecimento e expansão de suas operações no setor de energia.
Desempenho das ações da Neoenergia
Cotação NEOE3