O maior grupo privado do setor elétrico brasileiro em números de clientes, Neoenergia (NEOE3), encerrou sua oferta inicial de ações (IPO), na última quinta-feira (27), em R$ 15,65 por ação.
A estimativa pelo mercado era de uma movimentação de até R$ 4 bilhões. Mas, a Neoenergia fechou IPO com emissão de até R$ 3,744 bilhões. A movimentação ocorreu com a venda de um lote secundário de 208 milhões de ações.
“Entendemos que o valuation, até o preço de R$ 15,65 por ação, que representa um desconto ante os pares, precifica a empresa de forma interessante, e entendemos como um bom negócio”, disse o fundador da casa de análise de investimentos, Suno Research, Tiago Reis.
IPO da Neoenergia
As ações da Neoenergia começam a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, na próxima segunda-feira (1). O preço ficou dentro do estimado de R$ 14,42 e R$ 16,89 por ação.
Conforme o jornal “Estado de S.Paulo”, a demanda em volume para o IPO foi cinco vezes superior ao ofertado. Ademais, a oferta atraiu investidores estrangeiros. De acordo com o jornal, o setor de distribuição de energia elétrica é considerado seguro e previsível.
As instituições responsáveis pela oferta do IPO foram o Banco do Brasil, Bank of America, Citibank, J.P.Morgan, Credit Suisse e HSBC.
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Para os vendedores na oferta secundária serão o Banco do Brasil, Previ (fundo de pensão e funcionários do banco), e a Iberdrola. Os principais sócios da Neoenergia são:
- Iberdrola com participação de 52,45%;
- Banco do Brasil com participação de 9,34%;
- e o Previ com participação de 38,21%.
No total, foram disponibilizados 208.044.383 ações.
A Companhia já havia tentado estrear na Bolsa em 2017. Entretanto, na época, a precificação ofertada pelos investidores não agradou os acionistas brasileiros.
“Ao contrário de 2017, quando também analisamos a empresa e recomendamos aos investidores ficarem de fora, hoje é possível visualizar uma melhora clara nos números da Neoenergia“, disse Reis no Relatório Especial do IPO da companhia.