Após 16 meses, nenhuma UTI de São Paulo está lotada devido à Covid-19
Pela primeira vez desde abril do ano passado, nenhuma das 645 cidades do estado de São Paulo está com o índice de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dedicadas ao combate à Covid-19 em 100%.
A taxa foi registrada pelo governo estadual no último sábado (21) e é considerada como um marco no resultado do avanço da vacinação e medidas de enfrentamento e prevenção à Covid-19.
Segundo os dados do governo, atualmente há 7.495 pessoas hospitalizadas com o novo coronavírus, sendo 3.842 em UTI e 3.653 em enfermarias.
De acordo com as informações de monitoramento do Censo Covid, realizado pelo governo estadual desde abril de 2020, em 30 de março de 2021, pico da segunda onda, chegou a 87 o número de cidades com ocupação integral dos leitos de Terapia Intensiva.
Isto representa que, naquele contexto, 13% de todos os municípios de São Paulo estavam com a rede sobrecarregada.
“Este número chegou a ser quatro vezes maior no auge da segunda onda, ultrapassando 31 mil pacientes em leitos reservados para casos graves da doença”, diz o governo de São Paulo.
“Naquele contexto, a taxa de ocupação de UTIs chegou a ultrapassar 92% no estado. Nesta data, é de 40,3% em todo o território paulista, e de 38,5% na Grande São Paulo.”
No decorrer da pandemia, houve 4.209.421 casos, dos quais 3.929.437 já estão recuperados, incluindo 437.819 que foram internados e receberam alta hospitalar. O estado registra 144.185 óbitos pela Covid-19.
Resposta do Brasil à Covid-19 gera mais custo
Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) mostra que países com pior êxito no controle da disseminação da Covid-19 acabaram sofrendo as maiores perdas da atividade.
Com isso, precisaram lançar mão de maiores pacotes fiscais para mitigar os impactos da pandemia. O Brasil está entre as nações em que a correlação apontada pelo Ipea fica clara. Clique aqui para saber mais.
O País registrou um elevado número de mortes pela Covid-19 e uma queda de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) ano passado — tombo que não foi maior porque houve injeção de R$ 524 bilhões em despesas adicionais só em 2020.
O debate sobre a relação entre o combate à doença e seus efeitos sobre a atividade econômica esteve presente desde o início da pandemia, por causa da recomendação de especialistas em saúde pela adoção de medidas de distanciamento social para frear o avanço da Covid-19.
(Com informações da Agência Brasil)