Negociações entre Nikola e empresas de energia ficam paralisadas com acusações de fraude
As negociações da montadora de caminhões elétricos Nikola (NASDAQ: NKLA) com potenciais parceiros do setor de energia foram paralisadas em meio às acusações de fraude feitas pela Hindenburg Research.
A companhia norte-americana enfrenta várias acusações em relação à sua tecnologia e sobre a divulgação de informações aos investidores e parceiros. A Hindenburg Research acusou a Nikola e seu fundador Trevor Milton, que renunciou no último domingo (20), de comunicar progressos irreais e de passar equipamentos utilizados em conteúdos promocionais como próprios, quando os mesmos foram adquiridos por fornecedores terceiros.
Com as denúncias contra a empresa, as conversar para um possível junto à multinacional de energia BP para construção de postos de abastecimento de hidrogênio foram colocados em espera.
A fabricante de caminhões elétricos ainda avaliava a venda de veículos movidos a bateria e hidrogênio para companhias como a produtora de bebidas Anheuser-Busch Inbev, formada pela fusão da brasileira Ambev (ABEV3) e a belga Interbrew.
A Nikola alegou que as acusações contra a empresa são falsas e que o relatório possui o objetivo de afetar o desempenho das ações da montadora. Desde a divulgação do documento, os papéis da companhia, listados na bolsa automática dos Estados Unidos Nasdaq, vêm apresentando forte queda.
CEO da Nikola renuncia ao cargo após acusações de fraude
No último final de semana, o fundador e agora ex-CEO Trevor Milton da fabricante de caminhões elétricos renunciou ao cargo em meio às denúncias de fraude. A empresa informou que ele será substituído por Stephen Girsky, um ex-executivo da General Motors e membro do conselho da companhia.
“O foco deveria estar na empresa em sua missão de mudar o mundo, não em mim, afirmou Milton.
A Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão investigando se a Nikola enganou os investidor fazendo-os acreditar em promessas exageradas, publicou o jornal “The Wall Street Journal”, citando pessoas familiarizadas com o assunto.