Natura (NTCO3) pode vender fatia da Aesop para LVMH ou L’Oreal, diz jornal

A Natura & Co (NTCO3) pode vender a sua fatia na Aesop para a LVMH, maior grupo de luxo do mundo, ou para a L’Oreal, a gigante francesa de cuidados com a pele. De acordo com informações divulgadas nesta segunda (30), o negócio pode avaliar a marca em ao menos US$ 2 bilhões.

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Segundo fontes da Bloomberg News, o grupo de beleza japonês Shiseido também estuda uma possível oferta para a marca de luxo da fabricante brasileira de cosméticos.

Os estudos para a realização da oferta de compra da Aesop estão em andamento, mas ainda não há certeza de que as propostas serão feitas. LVMH, L’Oreal e Shisheido não quiseram comentar o caso à Bloomberg. O Suno Notícias questionou a Natura, mas não obteve retorno até a atualização da reportagem.

Em dezembro de 2022, os estudos da Natura para a venda de uma fatia minoritária da Aesop mostraram que a empresa buscava uma solução rápida para diminuir o endividamento, que representa 4,35 vezes do seu Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

O anúncio veio depois do grupo ter informado ao mercado que poderia fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou uma cisão do ativo, também com futuro IPO.

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Natura e Aesop

Na época, a companhia havia explicado que também estudava a viabilidade de venda da participação minoritária da Aesop, o que pode ocorrer em um prazo mais curto e, caso seja concretizada, aliviaria o endividamento da Natura.

Somado a isso, o mercado não está convidativo para estreias na Bolsa. “Não tem solução de curto prazo sem melhorar endividamento”, descreveu um investidor institucional minoritário da Natura ao Broadcast/Estadão, no final de 2022.

Para ele, a venda da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável. O investidor também explicou que outra opção seria a venda da The Body Shop, mas esse ativo não é considerado tão sólido quanto o que está em negociação atualmente.

Segundo o balanço do terceiro trimestre de 2022, a gigante do setor de cosméticos tem uma dívida total que representa 4,35 vezes o seu Ebitda. Caso seja considerada apenas a dívida líquida, essa proporção cai para 2,85 vezes o Ebitda. Reduzir esses patamares é uma métrica fundamental para a melhora dos resultados da Natura.

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Fabio Barbosa, CEO da Natura & Co, disse no início de novembro que havia três possibilidades em estudo para a operação da Aesop, ao revelar que uma das opções também seria a entrada de fundos de private equity. “Não está nas cartas um estudo de venda total”, argumentou o executivo na ocasião.

Para a The Body Shop, que apresentou um resultado fraco no terceiro trimestre, Barbosa ressaltou que o foco será na melhora da operação. Já para a Avon, que também é motivo de incertezas para investidores, ele indicou que o foco será nas operações mais rentáveis da marca.

Com a notícia da possível venda da fatia da Aesop, as ações da Natura dispararam na abertura do pregão desta segunda, sendo negociadas em alta de 12,5%. Porém, os papéis NTCO3 entraram em leilão logo após essa movimentação.

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Erick Matheus Nery

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