Ação da Natura (NTCO3) lidera altas no Ibovespa hoje; entenda por quê

Os ativos da Natura (NTCO3) se destacaram no Ibovespa, na sessão desta quinta-feira (18).

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As ações da Natura subiram 5,31%, cotadas a R$ 15,07, liderando do ranking das maiores altas do dia.

De acordo com o analista da Benndorf Research, Filipe Borges, a alta da Natura decorre de entrada de capital estrangeiro na bolsa de valores brasileira.

“Obviamente, eles procuram algumas empresas que têm muita simetria, e bem descontadas”, explicou o analista. “No caso da Natura, desde a máxima histórica até o momento, conta com uma desvalorização em torno de 75%.”

A Natura anunciou em junho uma restruturação corporativa, em todas as suas linhas de negócios, o que tende a dar um efeito positivo de curto prazo. A empresa de cosméticos apontou o nome de Fábio Barbosa como o novo CEO. O atual diretor-presidente e presidente executivo do conselho de administração, Roberto Marques, deixa o cargo.

“Quando a gente olha o volume negociado, e é importante ressaltar isso, não há um fluxo comprador tão forte nesse pregão de hoje. Então, embora a gente tenha um pregão com alta da ação de 5,31%, eu considero apenas um repique de curto prazo e não enxergo como uma reversão positiva para altas fortes dessa ação nas próximas semanas”, disse.

O analista ainda ressalta que, de um ponto de vista técnico e gráfico, o papel da Natura precisa romper o patamar de R$ 15,90 por ação para que abra espaço para altas mais importantes, e por consequência, buscar o patamar de R$ 19, aproximadamente.

Natura vai “enxugar” holding após prejuízo no 2º trimestre

Natura (NTCO3) deve enxugar a sua holding – Natura&Co – e priorizar a geração de caixa e margens maiores nos próximos trimestres.

A decisão se dá após a Natura registrar prejuízo líquido aos controladores de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022, conforme balanço financeiro divulgado na semana passada.

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“Não estamos falando em nenhuma decisão em relação às empresas. Estávamos vendo que a holding estava ficando pesada. É ela quem vai ficar mais enxuta”, disse Fábio Barbosa, atual presidente da companhia.

As decisões, comenta o executivo, vem no sentido de desburocratizar a companhia, que mantinha muitas pessoas em ‘cargos redundantes’.

“Houve redundância de pessoas que estão sendo desmobilizadas. O objetivo maior era desburocratizar [a administração] para as pessoas tomarem as melhores decisões”.

A projeção do presidente da Natura é que, caso esses cortes tivesse sido feitos ainda em 2021, a companhia teria uma redução na casa de 40% em relação às suas despesas.

No seu último resultado, o Ebitda menor – de R$ 694,9 milhões – e as maiores despesas financeiras são apontados como causa do prejuízo líquido de R$766,7 milhões no trimestre.

No acumulado dos primeiros seis meses deste ano, a empresa soma R$ 1,4 bilhão de prejuízo. A expectativa da companhia é de que isso se reflita já no balanço financeiro do terceiro trimestre.

“Esses ajustes não vão aparecer todos no terceiro trimestre. Alguns custos relacionados a essas redundâncias identificadas aparecerão no quarto trimestre”, disse o presidente da Natura.

O diretor financeiro da Natura, Guilherme Castellan, disse que a mesma deve avaliar suas presenças ao redor do globo. “A ideia é minimizar ao máximo possível a presença em países em que continuamos operando com perdas e, especialmente, com caixas negativos”.

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Victória Anhesini

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