Natura será a líder mundial na venda direta de cosméticos, após a compra da norte-americana Avon, de acordo com a previsão dos executivos das empresas. A negociação criará a Natura Holding, que será a quarta maior no setor de beleza no mundo.
A acordo anunciado na noite da última quarta-feira (22) envolve troca de ações entre as empresas, conhecido como all-share merger. Dessa forma, os acionistas da Natura ficarão com 76% da nova companhia, com mais de US$ 10 bilhões em receita anual. Enquanto isso, os donos da Avon ficarão com os outros 24%.
O Brasil é o maior mercado da Avon e representa um quarto das vendas totais da empresa, enquanto isso, a Natura lidera o mercado de vendas diretas. Aos investidores, os executivos das empresas afirmaram, por meio de teleconferência, que pretendem acelerar a internacionalização do grupo, salientando que a América Latina é um mercado-chave para a marca.
Mercado das empresas
América Latina, Rússia, Filipinas, Polônia, Reino Unido, Turquia e África do Sul, são os principais mercados da Avon. Ásia, Europa e Oriente Médio foram responsáveis por 46% da receita da empresa em 2018, enquanto os outros 54% foram ganhos na América Latina.
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Já a Natura, tem 54,6% das suas vendas concentradas nos mercados asiático, europeu e latino americano, sem contar com o Brasil.
Dessa forma, é estimado que a união das empresas faça as vendas fora do país representarem 68,3% das vendas totais da nova empresa.
De acordo com a Natura, o holding terá mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras, além das 3,2 mil lojas. Serão mais de 40 mil colaboradores e presença em 100 países.
Compra da Avon
Na última quarta-feira (22), a Natura anunciou a compra da Avon. A operação envolve uma troca de ações (all-share merger), mas ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores. O novo grupo é avaliado em US$ 11 bilhões.
Com a negociação, a empresa conjunta entre Natura e Avon será a quarta maior do setor. As companhias estimam um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões.
