As ações da Natura Cosméticos SA (NATU3) operavam em significativa alta nesta quarta-feira (22). Os papéis da empresa listada na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) encerraram com avanço de 9,43%, negociadas a R$ 61,50. A máxima histórica ocorreu depois da divulgação de que a empresa brasileira confirmou as negociações de compra da Avon.
A Natura viu suas ações abrirem o dia em queda de até 3%, contudo, os papéis inverteram e intensificaram a alta. A informação sobre o anúncio de compra da concorrente norte-americana foi dada nesta manhã pelo “Financial Times”. Antes disso, a companhia já havia informado que negociava a compra da Avon por meio de troca de ações (o chamado all-share merger).
Desse modo, a aquisição da concorrente pode ocorrer por mais de US$ 2 bilhões. Assim, a brasileira deve ficar com 76% da empresa. Por outro lado, os outros 24% ficariam com os acionistas da norte-americana.
Saiba Mais: Natura deve anunciar compra da Avon nesta quarta, diz FT
Atualmente, a Avon tem um valor de mercado de US$ 1,42 bilhão. Desde o anúncio da possível compra, as ações da Natura já tiveram uma valorização de mais de 35% na Bolsa. No entanto, no dia em que a empresa confirmou o interesse na operação, seus papéis despencaram 7%. Já as ações da norte-americana subiram cerca de 10%. A Avon está listada na Nyse (New York Stock Exchange).
Apesar das especulações para o valor da operação girarem em torno dos US$ 2 bilhões, os números poderão ser ainda mais altos. Isso se a empresa de cosméticos brasileira pagar prêmio na aquisição.
Bancos dão crédito à Natura
No dia 14 de maio, o “Valor” divulgou que a Natura já possuía créditos com o Itaú e o Bradesco para realizar a compra da Avon. Além disso, de acordo com o jornal, o Santander e o Citibank também poderão ser credores no financiamento para que a brasileira compre as operações da americana.
Saiba Mais: Natura possui garantia de crédito com Itaú e Bradesco para comprar Avon
A assessoria da operação será feita pelos bancos UBS e Morgan Stanley. Assim, tais instituições financeiras não deverão ser credoras na transação. “Os bancos financiadores devem ser os bancos de relacionamento da companhia. Assim como os bancos de balanço não entraram na assessoria da operação, os assessores não devem entrar no crédito”, disse uma fonte ao jornal.
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