NASDAQ 100: Confira as 5 ações que mais desvalorizaram em setembro

O Nasdaq 100 fechou as negociações da última quarta-feira (30) cotado a 11.167,51 pontos, representando uma alta de 0,74% em comparação ao pregão anterior, entretanto, em relação ao mês de agosto registrou uma queda de 5,2%. O índice da bolsa norte-americana reúne as 100 maiores empresas não financeiras da NASDAQ.

O NASDAQ 100 registrou em setembro a primeira queda mensal desde o início do ano, tendo em vista que o índice estava em alta desde o mês de março. Entre as principais razões para essa queda está a demora do Congresso norte-americano em aprovar um novo pacote de auxílio diante da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19) e também pela proximidade das eleições dos EUA, que ocorrerão no dia 3 de novembro deste ano.

Apesar da volatilidade do mês de setembro, os principais índices americanos fecharam em alta no último dia do mês:

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Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações da NASDAQ 100 que mais se desvalorizaram em agosto.

  • DocuSign
  • Pinduoduo
  • Splunk
  • Lululemon Athletica
  • Apple

DocuSign :

A empresa americana de serviços de e-Signature, assinatura eletrônica de documentos, DocuSign (NASDAQ: DOCU), sofreu uma desvalorização em suas ações, que no dia 1 de setembro eram negociadas a US$ 268,80, ao passo que terminaram o mês, no dia 30 de setembro a US$ 215, tendo uma queda mensal de 3,5%.

A empresa teve seus negócios impulsionados com a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), devido às medidas de isolamento social impostas pelos países, as quais estimularam o trabalho remoto, desta forma, mais pessoas utilizaram o serviço eletrônico da companhia. As ações registraram alta de 262% na primeira semana do mês de setembro em comparação anual.

Entretanto, as ações da companhia, que tiveram alta volatilidade durante o mês de setembro, começaram a registrar quedas por dias consecutivos, perdendo cerca de 20% de seu valor no processo, motivadas principalmente pela preocupação dos investidores em relação à retomada das atividades presenciais, com o término da pandemia, em função da possibilidade dos clientes da DocuSign deixarem de utilizar os documentos online.

Pinduoduo:

A plataforma chinesa de comércio eletrônico, Pinduoduo (NASDAQ : PDD), registrou queda mensal em setembro de 16,63% , com suas ações negociadas a US$74,15 ante US$88,94 do dia 31 de agosto.

As quedas foram influenciadas, principalmente, pelos resultados do segundo trimestre divulgados pela empresa, que ficaram aquém das previsões dos analistas. As vendas dispararam 67%, para 12,2 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 1,8 bilhão), ao passo que as projeções da companhia eram de quase 12,8 bilhões de yuans.

Splunk:

A multinacional de softwares, Splunk (NASDAQ : SPLK), iniciou o mês de setembro com suas ações negociadas a US$ 221, enquanto no dia 30 de setembro, as mesmas estavam a US$ 188,13, registrando uma queda mensal de 14,2%.

As ações da Splunk subiram 32,7% nos primeiros seis meses do ano, principalmente em função da nova parceria da empresa com a Alphabet, melhorando os resultados do primeiro trimestre.

Entretanto, as ações da empresa registraram além da queda de setembro, -17,4% em agosto. A razão desse resultado negativo foi, em grande parte, pelo anúncio feito pela empresa de ter reduzido sua expectativa de fluxo de caixa operacional para este ano de US $ 350 milhões para US$ 300 milhões.

Lululemon Athletica:

As ações da varejista de roupas esportivas, Lululemon Athletica (NASDAQ : LULU) também despencaram após a divulgação feita pela empresa sobre a receita nas lojas operadas pela companhia, que tiveram redução de 51%, para US$ 287,2 milhões, enquanto a margem bruta diminuiu 0,8 ponto percentual para 54,2%. A receita operacional e as margens operacionais também caíram no trimestre.

Apesar dos resultados negativos deste período, as ações registraram aumento de 51% no acumulado deste ano até o mês de setembro.

Apple:

As ações da Apple Inc. (NASDAQ : AAPL) registraram em 2020 altas de até 50%, entretanto, o mês de setembro, de forma distinta registrou quedas acentuadas, tendo no dia 31 de agosto suas ações a US$ 127,58, ao passo que no dia 30 de setembro, estavam a US$ 113,79.

A queda começou com o banco de investimento Goldman Sachs reiterando sua classificação de venda das ações da Apple no dia 8 de setembro. O analista Rod Hall, declarou que a gigante da tecnologia pode cair mais de 30%, para US$ 80, em função do crescimento nos segmentos de serviços da Apple não conseguirem compensar a desaceleração que vem ocorrendo nas vendas do iPhone, argumentou.

Hall ainda afirmou que as ações estavam negociadas a mais de 35 vezes as estimativas de ganhos de consenso para 2020, ao mesmo tempo que a Apple está cotada em níveis semelhantes aos da Microsoft, que tem perspectivas de crescimento mais fortes, concluiu.

Veja Também: Fortnite vs Apple: entenda as raízes da “guerra dos apps”

Hall também citou a Intel, que viu o preço de suas ações despencar quase 30% desde o final de janeiro, alertando que uma ação de tecnologia de grande capitalização pode cair quando desaponta os investidores.

Além disso, outro motivo que influenciou as negociações das ações da empresa foi a “guerra dos apps”, entre a Apple e o Fortnite.

Apesar da queda registrada pelo Nasdaq 100 no mês de setembro, o encerramento do mercado acionário dos EUA no primeiro dia de outubro teve alta de 1,42%, aos 11.326,51 pontos.

Rafaela La Regina

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