O Nasdaq 100 fechou as negociações da última terça-feira (30) em alta de 0,48%, a 3.044,31 pontos, o máximo que o já alcançou desde sua criação em 1985. O Nasdaq 100 é um dos índices de tecnologia de maior capitalização do mundo. Inclui cem das maiores empresas não financeiras estadunidenses e internacionais listadas na Nasdaq.
Durante o mês de junho, o NASDAQ 100 aumentou 5,8%, de 9.598,89 à 10.156,85 pontos. Para o mercado financeiro norte-americano, o pior da profunda queda registrada em março, no pico da crise, parece ter ficado no passado. O índice registrou uma alta de 18.42% no acumulado do ano, sendo que no segundo trimestre do ano, subiu 6,63%.
Nos Estados Unidos, o otimismo no mercado atingiu os principais índices acionários, possibilitando que:
- o Dow Jones registrasse um alta de 16,8% nos últimos três meses, porém uma queda de 9,5% quando comparado aos valores do início do ano;
- o S&P 500 aumentasse em 20% no segundo trimestre do ano, sendo que acumula uma perda de 3,12% em 2020;
- enquanto o índice Nasdaq anotasse a melhor performance desde 1999, com uma alta de 28,2% no segundo trimestre do ano.
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Apesar do índice acionário de tecnologia ter acumulado notícias boas e otimistas nos últimos meses, o mercado financeiro global continua atento a disseminação do coronavírus (covid-19) pelo mundo e seus efeitos para a economia. Isso levou a NASDAQ 100 a registrar perdas de até 15% no valor de algumas das empresas listadas no indicador.
Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações da NASDAQ 100 que mais se desvalorizaram em junho.
Ulta Beauty (NASDAQ: ULTA)
A Ulta Beauty, uma varejista de produtos de beleza nos EUA, registrou, no último dia de junho, uma alta de 2,49%, a US$ 203,42. No entanto, as ações da empresa sofreram uma queda de 14,9% durante o mês passado. A empresa oferece cosméticos, perfumes, pele, produtos para os cabelos e serviços de salão de beleza.
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Em meio à queda no valor da empresa, a CEO da Ulta Beauty, Mary Dillon, explicou que “embora continuemos confiantes no potencial de maquiagem a longo prazo, os ventos contrários à categoria de maquiagem provavelmente persistirão no curto prazo, dado o impacto do distanciamento social e das máscaras, bem como a introdução tardia de novidade e inovação este ano”.
Ross Stores (NASDAQ: ROST)
A Ross, loja popular de roupas e aparelhos para casa nos EUA, também registrou uma forte queda nas suas ações durante o mês de junho, de 12,3%, com o aumento de casos de coronavírus nos EUA impedindo a reabertura de suas lojas.
O movimento negativo das ações da empresa intensificou em meio à pandemia do coronavírus (covid-19). De acordo com um estudo divulgado pelo jornal norte-americano CNBC, 68% de todas as lojas físicas da Ross se encontram nos estados que indicaram um forte aumento no número de casos durante o mês passado.
O jornal analisou uma dúzia de estados que, na última sexta-feira (26), havia registrado recordes máximos nos novos casos de Covid-19, como Flórida, Texas, Utah, Carolina do Sul, Nevada, Geórgia, Missouri, Montana, Arizona, Califórnia, Tennessee e Oklahoma. Dentre a lista de empresas que tem lojas nessas regiões, a Ross ficou em primeiro lugar como a mais presente.
Biogen (NASDAQ: BIIB)
Apesar do movimento de alta registrado nas ações da Biogen na ultima semana de junho, a empresa biofarmacêutica não foi capaz de apagar todas as perdas do mês. Em junho, as ações da empresa desvalorizaram um total de 11,2%.
A Biogen se concentra em descobrir, desenvolver, fabricar e administrar terapias para pessoas que vivem com doenças neurológicas graves, raras e autoimunes. Suas ações são marcadas por grandes períodos de volatilidade, principalmente em 2020.
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As ações da Biogen caíram mais de 7% no dia 18 de junho depois que a Reuters informou que a empresa perdeu uma disputa por uma patente contra a sua rival, Mylan, nos EUA. O caso se baseava em um medicamento para esclerose múltipla. As ações da Mylan subiram 2,3% com as notícias da vitória legal.
Fiserv (NASDAQ: FISV)
A provedora de tecnologia de serviços financeiros, Fiserv, encerrou o mês de junho em leve queda, porém no acumulado do mês as ações da empresa caíram 10,3%. O desempenho no mês passado apagou os ganhos que a empresa teve em maio, quando suas ações subiram 6,5%.
A empresa fornece produtos e serviços de processamento de pagamentos eletrônicos, como pagamentos de contas eletrônicas, processamento de transações, transferências entre contas e pagamentos entre indivíduos.
Até o momento, as ações da empresa se desvalorizaram 15,03% em 2020, alcançando o valor de US$ 98,25.
Marriott International (NASDAQ: MAR)
A Marriott International, por estar presente no setor de turismo, sofreu drasticamente com a pandemia do coronavírus em março, e continua sentindo os efeitos da disseminação do vírus ao redor do mundo.
A Marriott International informou em junho que está estendendo um programa de licença para funcionários até 2 de outubro e que está oferecendo dispensa voluntária a funcionários corporativos “que podem optar por deixar a empresa para buscar outras oportunidades”. Sua concorrente, o Hyatt Hotels, também indicou que implementaria demissões e reestruturaria funções corporativas, levando a um corte de 22% dos funcionários da empresa em todo o mundo.
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Além disso, no início do mês o governo Trump ordenou que a Marriott International encerrasse as operações de hotéis em Cuba, extinguindo uma fonte significativa dos resultados da empresa.
Os efeitos devastadores do coronavírus levaram o setor de turismo e aviação a uma drástica crise, nunca visto antes. A situação possibilitou que a Marriott International ficasse em quinto lugar na lista das ações que mais desvalorizaram na Nasdaq 100. As ações da empresa caíram 9,8% em junho, para US$ 85,7.