Petrobras (PETR4) rebate Bolsonaro e diz que “não há nenhuma decisão de reajuste”

A Petrobras (PETR4) informou há pouco que não antecipa as decisões de reajuste no preço de combustíveis e reforçou que “não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado”.

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O comunicado foi feito aos acionistas da empresa logo antes da abertura da negociação do mercado à vista, nesta segunda-feira (6).

A declaração da estatal, entretanto, choca com o que afirmou o presidente Jair Bolsonaro neste fim de semana. Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que a Petrobras iria reduzir o preço dos combustíveis às distribuidoras já nesta semana, em linha com a redução no valor da cotação do petróleo.

Nas últimas duas semanas, o preço da commodity tipo Brent, caiu US$ 10.

Segundo o comunicado da petroleira estatal, “a Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”.

“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, completa o texto.

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Petrobras é alvo de reclamações

A Petrobras tem sido alvo frequente de ataques do presidente Bolsonaro, que, insatisfeito com a política de preços da estatal e com o avanço do custo dos combustíveis repassados aos consumidores, defendeu a privatização da empresa e disse, em outubro, que a estatal “só dá dor de cabeça”.

Segundo o presidente, em entrevista no fim de semana, além dos consumidores, há pressão de prefeitos, que estão preocupados com o impacto do preço dos combustíveis no custo do transporte coletivo e têm pressionado por um controle maior dos preços praticados pela Petrobras.

Bolsonaro, em resposta, voltou a responsabilizar a atuação de governadores e a cobrança de impostos estaduais. “O que eu tenho ouvido eles reclamarem é que, com o aumento do combustível, aumenta o preço da passagem. Mas seria bom eles procurarem os governadores”, disse.

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Presidente da Petrobras já citou possibilidade de baixar preços

Durante audiência pública no Senado no último dia 23, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, destacou que a empresa estava há 30 dias sem reajustar os preços e que analisava se faria uma redução.

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Pedro Caramuru

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