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Nancy Pelosi contata militares para precaver ataque nuclear de Trump

Nancy Pelosi rasga cópia de discurso de Trump no Congresso, em fevereiro de 2020.

Nancy Pelosi rasga cópia de discurso de Trump no Congresso, em fevereiro de 2020.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou que conversou com o maior oficial do Exército norte-americano para tentar evitar que o presidente Donald Trump “inicie hostilidades militares ou ordene um ataque nuclear”.

A conversa de Nancy Pelosi com o general Mark Miller ocorreu via telefone, em meio à tentativa dos democratas em retirada à força de Trump da presidência. O presidente fomentou uma série de protestos na capital Washington DC, que acabaram em cenas violentas e em ao menos cinco mortes, além de dezenas de prisões.

“Esta manhã, falei com o presidente do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, para discutir as precauções disponíveis para evitar que um presidente instável inicie hostilidades militares ou acesse os códigos de lançamento e ordene um ataque nuclear”, disse Pelosi em comunicado aos colegas democratas, conforme informou o jornal Financial Times.

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A presidente da Câmara afirmou que “a situação deste presidente desequilibrado não poderia ser mais perigosa e devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o povo americano de seu ataque desequilibrado ao nosso país e à nossa democracia”.

Discussões sobre destituição de Trump ainda acontecem

A conversa por telefone entre as duas autoridades aconteceu durante as discussões no Congresso para a destituição de Trump, após a ideia da invocação da 25ª emenda à Constituição parecer esfriar entre os republicanos.

A 25ª emenda permite a destituição de um presidente pelo vice-presidente e pelo gabinete se ele for considerado “incapaz de cumprir os poderes e deveres de seu cargo”. Nesse caso, o vice-presidente Mike Pence deveria liderar o gabinete em uma votação para a destituição do mandatário.

Pence, no entanto, se recusou a discutir a utilização da emenda. Pelosi, por sua vez, afirmou que se ele continuasse a bloquear o processo, os democratas tentariam o impeachment de Trump. “Se o presidente não deixar o cargo iminente e voluntariamente, o Congresso dará continuidade à nossa ação”, escreveu.

Durante os violentos protestos no Capitólio durante a última quarta-feira (6), manifestantes pró-Trump invadiram o escritório de Pelosi. O local, que é duramente vigiado por seguranças e policiais, ficou indefeso com a invasão dos apoiadores do presidente. Eles vandalizaram documentos, tiraram fotos e deixaram mensagens dizendo que o grupo “não vai recuar”.

A pressão pelo impeachment do presidente permanece mesmo com a publicação de um vídeo de Trump nas redes sociais, onde diz que os manifestantes violentos “contaminaram a sede da democracia americana”. O mandatário admitiu pela primeira vez realizar a transferência de poder para Joe Biden, presidente eleito em novembro, em 20 de janeiro.

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