MXRF11 vê cenário difícil e pressão nas margens dos projetos; veja previsões do FII

A gestão do Maxi Renda FII (MXRF11), fundo imobiliário mais popular do Brasil, vê um cenário desafiador à frente, com aumento nos custos de insumos e terrenos, em meio à realidade macroeconômica mais desafiadora.

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Segundo relatório gerencial do MXRF11 divulgado nesta segunda-feira (30), estas condições dificultam o repasse de custos e geram margens mais achatadas nos projetos analisados.

“Com o nível atual de juros e inflação da economia brasileira, aliado aos cenários de maior volatilidade local e global, a gestão entende que portfólios de mais baixo risco estão melhor posicionados para atravessar o cenário atual e com retorno ao investidor ainda bastante interessante”, afirmou o relatório.

Além disso, a gestão do FII Maxi Renda acredita que os níveis atuais de taxa de juros e inflação causam uma deterioração mais rápida de balanços e estruturas mais alavancadas. Ao mesmo tempo, as empresas têm maiores dificuldades de repasse de preços dado o macro desafiador, resultando em compressão de margens e aumento de despesas financeiras.

Por isso, a gestão do MXRF11 destacou que segue “ainda mais focada” em empresas de balanços muito sólidos ou estruturas de securitização com ampla sobrecolaterização e mecanismos de
mitigação de riscos.

Investimentos do fundo imobiliário Maxi Renda

Em abril, a gestão seguiu com a estratégia de reciclagem de portfólio de CRIs com a venda de alguns ativos, o que trouxe ganho de capital e investimento de R$ 114,30 milhões no mês em um novo ativo, o CRI Mitre, com taxa de remuneração de CDI+ 2,30% a.a. O objetivo do fundo é vender posições e comprar novos CRIs com taxas ainda melhores.

Já no book de FIIs, o MXRF11 realizou novas alocações táticas, com investimento de R$ 27,76 milhões em dois FIIs que já estavam na carteira do fundo. 

O fundo distribuiu um pouco mais do que o resultado apresentado, utilizando parte do caixa para completar o valor de R$0,11 por cota. Ainda assim o MXRF11 possui uma reserva de R$ 294.574 que poderá ser distribuída nos próximos meses. 

No mês de abril, a gestora explicou que não investiu em permutas, e pretende investir a volta de caixa das permutas em CRIs, mesmo que de forma temporária.

O fundo imobiliário Maxi Renda possui um portfólio com três classes de ativos: a carteira de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Permutas Financeiras e investimentos em cotas de Fundos Imobiliários. O objetivo do fundo é empregar 80% do seu capital em recebíveis, aplicando 20% em permutas financeiras.

Porém, até o momento, o FII MXRF11 possui apenas 11% em permutas que são empreendimentos de incorporações residenciais, enquanto o fundo tem investido 72% em CRIs e 13% em fundos imobiliários. 

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Resultados do MXRF11

 Segundo publicação da gestora, os dividendos do MXRF11 foram de R$ 0,11 por cota, pago aos cotistas no dia 13 de maio. Esse valor equivale a 131,11% do CDI no período (líquido de impostos), considerando o valor de fechamento da cota no mês (R$ 9,95).  

Os rendimentos auferidos segundo o regime de caixa foram de R$ 0,104 por cota, totalizando R$ 23,41 milhões. O book de CRI trouxe resultado caixa do MXRF11 de R$ 20,44 milhões. Por outro lado, a carteira de FII o resultado foi de R$ 2,30 milhões e as permutas resultaram em R$ 1,85 milhão de dividendos. 

O Maxi Renda FII é um fundo de papel com objetivo de rentabilizar por meio da aplicação de seus recursos em ativos financeiros com lastro imobiliário, tais como CRI, Debênture, LCI, LH e cotas de FIIs.

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Gustavo Bianch

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