As mudanças promovidas pelo Bradesco (BBDC4) na cúpula executiva geraram um efeito cascata no conglomerado, com promoções e redistribuições de funções. Com a indicação do diretor executivo Renato Ejnisman como o primeiro presidente do Next, braço digital do banco e que soma 4 milhões de clientes, as áreas sob seu comando foram entregues a um trio de executivos.
O BAC Florida, adquirido recentemente, e o chamado Corporate One, segmento que atende empresas com faturamento de R$ 30 milhões a R$ 500 milhões, passam para as mãos do diretor executivo do Bradesco, Leandro Miranda. As novas áreas se somam às que já estavam sob seu escopo e que incluem relações com investidores, e corretoras, incluindo a Ágora, e ainda private equity, que adquire participações em empresas.
Enquanto isso, câmbio, negócios internacionais e a gestora de recursos do Bradesco, a Bram, serão chefiadas pelo diretor executivo Roberto de Jesus Paris, que já capitaneia tesouraria e o departamento de pesquisas e estudos econômicos do banco, o Depec.
A área de private banking, responsável por atender os clientes afortunados no banco, ficará sob os cuidados do diretor executivo Guilherme Leal. Antes, ele já comandava a alta renda, o Bradesco Prime.
Mais cedo, o Bradesco comunicou alterações no seu corpo executivo, mencionando como objetivo endereçar os desafios desta década, marcada pelo aumento da concorrência no setor financeiro e ainda os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Nesse sentido, o Bradesco decidiu criar uma vice-presidência voltada a clientes, ampliando a alta cúpula do banco de quatro para cinco vice-presidências, e também indicou um presidente para o Next, seu banco digital e que recentemente ganhou vida própria.
A pandemia acelerou a dinâmica de digitalização entre os grandes bancos, criando desafios para além das mudanças na política monetária mais frouxa, além do Bradesco, outras instituições anunciaram mudanças em suas estruturações, como, por exemplo, o Banco do Brasil (BBAS3).
(Com Estadão Conteúdo)