Em assembleia realizada na quarta-feira (3), o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital, conseguiu aprovar sua proposta para retirar a Zamp – dona das redes Burger King e Popeye’s – do Novo Mercado da B3 (B3SA3).
O Novo Mercado da B3 consiste em um segmento de listagem diferenciada na bolsa brasileira, que prevê a participação exclusiva de ações com direito a voto e oferta em condições igualitárias aos minoritários em caso de mudança de controle.
A mudança no nível de governança da Zamp significou a derrota de um grupo de investidores, liderados pela Mar Asset, que queria impor novas regras para segurar o avanço do fundo, além da inclusão de uma limitação de voto, dada a posição que o Mubadala já possui (pouco mais de 30%).
A Mar Asset, inclusive, era apoiada pela FitPart, mas as sugestões foram rejeitadas.
Na justificativa da proposta, o fundo Mubadala afirmou que a saída voluntária poderia contribuir para estratégias como “captação de recursos por meio da emissão de ações preferenciais” ou “realização de operações de combinação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras que possuam negócios sinérgicos com os da Zamp”.
A leitura do mercado, ainda, é de que o Mubadala estaria de olho na compra de outras duas companhias do setor de fast food, o Subway e o Starbucks, com o objetivo de fundi-las com a Zamp. As empresas são operadas pela South Rock, atualmente em recuperação judicial.
Petrobras (PETR4) analisará proposta da Mubadala para parceria na Bahia
No último dia 22 de dezembro, a Petrobras (PETR4) informou que recebeu comunicação da empresa de investimento internacional Mubadala Capital, propondo a formalização de discussões sobre a formação de potencial parceria estratégica para o desenvolvimento do downstream (atividades de pós-produção, como refino, transporte e comercialização de produtos petrolíferos) no Brasil, em continuidade ao memorando de entendimentos divulgado em 4 de setembro de 2023.
A iniciativa tem como escopo negócios voltados ao refino tradicional, bem como o desenvolvimento de uma biorrefinaria na Bahia.
O objetivo da futura parceria é fortalecer o ambiente de negócios no setor, além do incremento do fornecimento de combustíveis de matriz renovável no Brasil. O modelo de negócio a ser analisado levará em consideração investimentos futuros e desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto com a Mubadala Capital.
A Mubadala, que, por meio da Acelen, controla a Refinaria de Mataripe (RefMat) e a Acelen Energia Renovável S.A. (Biorrefinaria), indica em sua correspondência os principais termos e condições da eventual parceria. A Petrobras avaliará a aquisição de participação acionária nestes ativos.
A proposta ainda será objeto de avaliação interna pela Petrobras. A companhia também esclarece que eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada e em linha com seu Plano Estratégico 2024-2028+.
Sobre a RefMat
A Refinaria de Mataripe, situada em São Francisco do Conde, na Bahia, possui capacidade de processamento de 333 mil barris/dia, e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais, totalizando 669 km de extensão.
Sobre a Biorrefinaria
O projeto de biorrefino integrado contempla plantas de produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável a partir de óleo vegetal oriundo de culturas nativas, com operação na Bahia e Minas Gerais. A Petrobras analisará proposta do Mubadala Capital para parceria em refino na Bahia.
*Com informações de Agência Brasil