A MRV Engenharia comunicou o mercado, na última segunda-feira (16), que “optou por interromper o processo de avaliação de transação pelos seus acionistas para ouvi-los a respeito de quatro tópicos”. Os tópicos citados pela empresa no fato relevante são:
- Medidas de governança corporativa que podem ser adotadas pela AHS Residential ou MRV US, para garantir que a relação entre a Companhia e AHS será sempre pautada pelas melhores práticas corporativas e de acordo com os interesses dos diversos stakeholders envolvidos;
- Sugestões de práticas e/ou disposições contratuais que visem assegurar o alinhamento de interesses do controlador da Companhia e do controlador da AHS;
- Parâmetros comerciais que possam pautar ou direcionar a relação financeira entre a MRV e a AHS, inclusive no âmbito de investimentos que sejam necessários para financiar plano de negócios da AHS no longo prazo;
- Condições para a potencial venda de participação detida pelo atual controlador da AHS.
Mesmo com a interrupção anunciada do processo de investimentos na AHS, a a MRV Engenharia diz que sua administração permanece a favor do investimento na AHS Residential. A companhia diz que a operação pode trazer benefícios para a empresa, como:
- Expansão de valor para o acionista;
- Diversificação de mercados;
- Exploração de sinergias.
Foco permanece no Brasil
O presidente da construtora brasileira MRV, Rafael Menin, disse, no dia 5 de setembro, que sua companhia permanecerá crescendo e mantendo o foco no Brasil, mesmo expandindo sua atividade para os EUA.
A MRV comprou 20% do capital social da empresa americana AHS Residential. O gestor da empresa explicou as mudanças que serão feitas pela empresa brasileira e foi contra a opinião de analistas do mercado. “Não vamos perder o foco”, disse o executivo, em resposta as críticas sobre o envio de funcionários a empresa americana.
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“Devemos mandar 100 pessoas para lá, mas isso não é um problema porque estamos sempre formando mão de obra”, reiterou o presidente da MRV. A AHS possui atividades concentradas na Flórida, EUA, e produz cerca de mil unidades habitacionais a cada 12 meses. Com o novo negócio, a estimativa é de que esse número cresça cinco vezes mais até 2028.
O fundador da construtora brasileira, Rubens Menin, afirmou que a MRV, com o novo negócio, já é uma empresa americana e disse que o negócio será bom para a construtora. “Habitação popular é um problema no mundo todo e exige solução de mercado”, salientou o executivo.