MRV (MRVE3): vendas líquidas sobem 18,4%, para R$ 2,13 bilhões, em prévia do balanço do 1T24
A construtora MRV (MRVE3) atingiu R$ 2,13 bilhões nas vendas líquidas do primeiro trimestre deste ano (1T24), representando um aumento de 18,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os lançamentos também apresentaram um crescimento expressivo, totalizando R$ 1,594 bilhão no 1T24, um aumento de 150,4% na comparação anual, segundo balanço divulgado pela empresa nesta segunda-feira (15).
Desse total, 45% dos lançamentos da MRV se enquadraram no grupo 1 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), diz a empresa, evidenciando a estratégia de focar mais nesse segmento que atende a famílias com renda de até R$ 2.640.
Outro ponto de destaque foi o aumento do ticket médio das vendas da MRV, que atingiram a marca de R$ 248 mil por unidade no 1T24, um avanço de 13,7% em relação ao ano anterior. Além disso, a velocidade de vendas (VSO) foi de 33,1% no 1T24, registrando um aumento de 11,1 pontos percentuais na comparação ano a ano.
Apesar do forte desempenho nas vendas líquidas da MRV, lançamentos e ticket médio, o banco de terrenos da companhia encerrou o trimestre avaliado em R$ 47,6 bilhões, registrando um recuo de 6,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Enquanto isso, outras áreas do grupo MRV&Co enfrentaram um cenário de queima de caixa. A operação norte-americana Resia terminou março com uma queima de caixa de R$ 274,9 milhões, reduzindo ante os R$ 578,4 milhões do ano anterior. Na Luggo, a queima de caixa foi de R$ 5,1 milhões, comparável a R$ 34,5 milhões um ano antes, informou a empresa.
Ainda segundo a MRV, a loteadora Urba registrou vendas de R$ 13 milhões, o que representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior. O banco de terrenos do segmento cresceu 60,4% em Valor Geral de Vendas (VGV) nesse intervalo, totalizando R$ 1,9 bilhão. A Urba gerou R$ 17,1 milhões de caixa no primeiro trimestre, ante uma queima de R$ 55 milhões no início de 2023.
MRV fecha o Ibovespa em baixa
A MRV fechou o Ibovespa desta segunda-feira (15) com as ações a R$ 6,44, uma queda de 3,59%. O valor representa a menor marca da empresa neste ano. No pico mais alto do dia, às 10h12, a companhia elevou os papéis a R$ 6,70.
A maior alta registrada pela construtora foi em 2 de janeiro, quando as ações foram valorizados a R$ 10,72. Em um ano, a MRV desponta com uma queda de 12,26%. Apenas neste mês, a empresa já caiu 15,82%.
A julgar pelos últimos relatórios dos analistas financeiros, os números da MRV estão aquém das recomendações. A XP investimentos e o BTG mantêm o preço-alvo a R$ 17; já o Bradesco BBI, a R$ 15. O Itaú BBA, por sua vez, recomenda as ações a R$ 12. Em contrapartida, o Citi estipula o preço-alvo a R$ 9. O preço-alvo é uma estimativa do valor justo da ação em um determinado período de tempo, geralmente de curto a médio prazo. Ele representa o preço que os analistas acreditam que a ação deveria atingir com base em suas projeções e análises.